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Em Pauta

Como dar sentido a inexplicáveis nomeações dos novos governantes?

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/01/2015 08:34
Como dar sentido a inexplicáveis nomeações dos novos governantes?

As inexplicáveis nomeações dos novos governantes

Quando o navio balança, os mais fisiológicos saem correndo para a oposição. Essa é uma vertente da tentativa de explicar algumas inexplicáveis nomeações feitas em Brasília. Com a economia nacional passando por sérias dificuldades e o aditivo patrocinado pela Petrobrás, qualquer governante pensaria em nomear um honrado ministério técnico de alto nível que blindasse a Presidenta Dilma e lhe desse sustentação de imagem. Porém, por mais paradoxal que pareça, ela está se tornando refém da opção oposta. É claro que ouvir a miríade de partidos que compõem o cenário político é uma exigência salutar, mas ouvir não é sinônimo de entregar o que há de mais importante. Se existem tantos ministérios quanto os governantes necessitem, há ainda mais cargos de segundo escalão que poderiam contemplar o mundo da fisiologia nacional.

Senão, como explicar o pastor George Hilton para o comando dos Esportes no duro afã de construir e organizar as Olimpíadas e dar um sentido (totalmente perdido e ainda não recuperado) ao futebol e a todos os principais esportes? Um pastor expulso do extinto PFL, que não passava nem em prova do extinto Mobral no quesito corrupção, por tráfico de dinheiro?

Como dar sentido ao Aldo Rebelo cuidando da Ciência e Tecnologia? Ele que tanto lutou por termos o feriado em comemoração ao Dia do Saci-Pererê, que afirma "que na Amazônia há uma luta tenaz do homem contra a floresta e contra a água", e que apresentou um projeto de lei contra a inovação tecnológica?

Não. Não é possível entender nomes como o de Helder Barbalho (filho de Jader Barbalho, "um primor de grandes serviços à nação"), ou de um Gilberto Kassab, o homem que não é de esquerda, nem de direita e muito menos do centro? Tem para todos os gostos e "olfatos".

Se o navio balança em Brasília, pelos lados do Mato Grosso do Sul, os novos governantes agiram exatamente no polo oposto. Partiram da premissa que a Assembleia Legislativa não representará problema de qualquer espécie e mandaram a caneta das nomeações nos companheiros e amigos. Alguns, de peso e valor, acima do esperado. Eduardo Riedel, Marcio Monteiro, Nelson Tavares, Maria Cecília, Jaime Verruck e Silvio

Maluf são nomes merecedores de toda a confiança inicial por seus préstimos no passado recente e pela experiência que já foi demonstrada. Resta saber se constituirão o "núcleo duro" de Azambuja; se terão dinheiro e apoio suficientes para levar suas obrigações a contento. Todavia, há uma estranheza: o novo Secretário de Turismo, Nelson Cintra, será o responsável pela administração do Aquário do Pantanal? É mais uma provocação para manter o ponto de discórdia com a passada administração ou é para explicitar de uma vez por todas que os novos governantes são intolerantes para com a alavancagem da indústria turística inexistente em Campo Grande?

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Como dar sentido a inexplicáveis nomeações dos novos governantes?

Zona do euro: casamento poligâmico sem direito a divórcio

Pense na zona do euro como um casamento monetário poligâmico entre pessoas que deveriam ter se conhecido melhor, feito às pressas e com pouca prudência. E pior, sem nenhum mecanismo de divórcio.

O noivo, a Alemanha, chegou ao altar por um senso de dever, uma obrigação moral, não por uma forte crença no casamento monetário. As noivas não entendiam o que estavam fazendo. Veio uma lua de mel irresponsável, quando todos pareciam estar conseguindo o que queriam. As noivas podiam contrair empréstimos livremente. Como era previsível, as noivas foram as compras.

O noivo voltou da lua de mel para o trabalho duro, construindo setores exportadores extremamente competitivos e começou a obter enormes superávits e mais, começou a obter mais e mais direitos sobre as noivas devedoras.

Então aconteceu o óbvio - a crise. O noivo não parava de se queixar de que as noivas haviam desperdiçado seu dinheiro. As noivas se queixavam que o noivo as estava obrigando a viver na penúria. Assim, o casamento ia muito mal, em parte porque foi uma má ideia, mas principalmente porque a lua de mel tinha sido irresponsável. As consequências econômicas e políticas estão sendo devastadoras. O problema maior é que a alternativa de divórcio é uma perspectiva ainda pior. Todos temem consequências terríveis da separação e o medo tende a manter o casamento indefinidamente.

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Mais sapatos que bolsas

Pela primeira vez, nos últimos sete anos, os sapatos vendem mais que as bolsas. Pelo menos, no mercado de luxo. As vendas globais dos sapatos cresceram 8% e

ultrapassaram as de bolsas e outros acessórios de couro. Eles estão conquistando um público maior porque custam, em média, mais barato do que as bolsas. Isso sem contar que os preços das bolsas subiram de 60% a 130% desde 2008. Todavia, o mercado global de sapatos de luxo, de 14 bilhões de euros, ainda é bem menor do que o das bolsas que totalizam 37 bilhões de euros. As consultorias afirmam que os artigos de couro em geral cresceram 4% em 2014. Essa performance é superior à dos setores de roupas, que tiveram um aumento de 2% e de joalheria, que ficou com apenas 1% de aumento nas vendas.

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Corte manual da cana segue na mira do Ministério Público

Apesar do avanço da mecanização da colheita de cana, existem algumas áreas onde ela é colhida manualmente. E embora envolva um contingente bem menor de pessoas do que há quatro anos, o corte manual continua na mira do Ministério Público, cujas ações seguem gerando decisões judiciais em busca de ajustes nas condições desse tipo de trabalho. A fiscalização agora está atenta para a obrigatoriedade de as empresas interromperem o corte da cana diante de temperaturas elevadas, sem prejuízo ao salário do trabalhador. Também continua demandando contra o pagamento por produção, exige salários definitivos e fixos.

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Venda de máquinas agrícolas deverá se estabilizar em 2015

A patinada da economia brasileira, em 2014, e os preços mais baixos das commodities agrícolas, que afetaram a renda do produtor, fizeram o Brasil de máquinas agrícolas recuar cerca de 15% depois de um desempenho recorde em 2013, segundo os representantes do setor. A expectativa para 2015, um ano que provavelmente ainda será de dificuldades na economia, é de estabilidade na comercialização ou ligeira queda em relação a 2014.

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