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Em Pauta

Compras no exterior pela internet: atenção a cuidados e regras

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/10/2013 07:38
Compras no exterior pela internet: atenção a cuidados e regras

Fique atento às regras dos sites de vendas do exterior ou reze a Deus

A previsão é a de que os brasileiros, no ano de 2013, comprarão R$ 2,6 bilhões nas compras em sites estrangeiros. Serão 5 milhões de consumidores que comprarão roupas, calçados, acessórios, medicamentos, cosméticos, joias, relógios e eletrônicos de outros países. Este foi o resultado da pesquisa encomendada pelo PayPal, serviços de pagamentos online. E tem mais, segundo esse levantamento as compras dos brasileiros em sites estrangeiros crescerão 546% até 2018 e movimentarão R$ 16,8 bilhões.

 

Compras no exterior pela internet: atenção a cuidados e regras
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Fique ‘antenado’ para lições na hora de procurar um novo emprego

Para quem está procurando um novo emprego, não há dúvida que as habilidades técnicas e experiências profissionais serão itens definidores para a obtenção do emprego. Todo mundo sabe disso. O que ninguém diz e as empresas não admitem publicamente é que existem outros fatores que podem definir o sucesso de um candidato:

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Não há como ficar fora do jogo do poder

A tentativa de ampliar continuamente o poder faz parte da natureza do ser humano. Muitas vezes ele precisar destruir seus semelhantes para obter essa conquista.

Esse traço vil está presente no meio empresarial e nos órgãos públicos. Está presente no mundo do trabalho. Muitas vezes ultrapassa os limites morais e éticos e sempre continua a ultrapassagem. As disputas de poder têm três causas – competição, desconfiança e fama. Também têm três objetivos – lucro, segurança e reputação. Todos esses ingredientes estão presentes no universo do trabalho, que é tão cheio de códigos secretos e relações complexas quanto os corredores de Brasília.

Quem estudou o jogo do poder com essa profundidade foi um dos maiores pensadores do século XVII – Thomas Hobbes e apresentou seu profícuo trabalho no livro “O Leviatã”.

Não há necessidade de ler O Leviatã, basta assistir a série House of Cards (algo como Castelo de Cartas) que só é exibido pela internet , no canal Netflix.

Disputar o poder é inevitável na carreira e, por isso é importante saber jogar o jogo. Você disputará ou outro disputará por você. Isso não significa ser canalha como o personagem principal da série. Há maneiras de disputar o poder em uma empresa sem apelar para a fofoca, o abuso de autoridade ou a bajulação. O essencial é exercer influência, ter estratégia, reunir aliados, fazer o que poucos se dispõem a fazer, ofertar favores e sempre estar com a boca fechada. Em House of Cards aprenda o que não fazer.

Compras no exterior pela internet: atenção a cuidados e regras
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Como agir quando há chefe novo na área

A troca de chefia em uma empresa ou órgão público normalmente é o início de um período instável. Geralmente trazem outros chefes em quem confiam. Duas hipóteses na mudança de chefia: o chefe pediu para sair ou ocorre mudança na chefia com objetivos de mudanças que geralmente são claros. Não existem mudanças sem desconforto de todas as partes envolvidas.

O que fazer para tentar a adaptação necessária ao novo chefe?

- O novo chefe dificilmente desejará conhecer o passado em profundidade. Não é hora de criticar pessoas. Não é hora de fazer política dentro da empresa. Quem chega, traz novos ares e metas. Entre nas mudanças.

- Você precisa mostrar que é um profissional competente e compromissado. Mostre suas conquistas, mas principalmente quais novos projetos têm para a área em que atua.

- Tenha os olhos e ouvidos atentos. Entenda as novas regras do jogo. É muito importante estar ligado, participar das decisões, ouvir e trocar ideias.

- As piores atitudes são a de apresentar resistência aos comandos do novo chefe, acomodar-se ou aguardar para ver o que acontecerá. Ajudar o novo chefe poderá acelerar a existência de um novo pacto.

 

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Empresas não estimulam benefício da licença à paternidade

Somente mulheres estavam acostumadas a indagar sobre seu direito de licença-maternidade. Até bem pouco tempo os homens tinham vergonha de ir ao setor de Recursos Humanos tratar desse assunto. Tinham, não têm mais. Mudaram o comportamento e agora perguntam com muita naturalidade. Ocorreram grandes transformações culturais na sociedade brasileira nas últimas décadas. Uma das mais importantes foi a ascensão de mais mulheres em postos de lideranças nas empresas e no serviço público, obrigando-as a ampliar a jornada de trabalho e, por outro lado, ampliando a necessidade do homem assumir mais funções domésticas. A outra mudança na sociedade é a menor oferta de serviços de babás e empregadas domésticas.

A lei trabalhista prevê que o homem que se torna pai deve ter o direito de passar cinco dias corridos afastado do trabalho. Alguns especialistas consideram esse período insuficiente e propõem 30 dias de afastamento remunerado. Há projetos com essa proposta que tramitam vagarosamente no Congresso Nacional e nem entram na pauta das Centrais Sindicais. É considerado um assunto secundário pelos brucutus que estão há dezenas de anos no comando dessas entidades. Não se pode duvidar, a contribuição dos homens, em horas semanais, nos afazeres domésticos mais que duplicou nas últimas décadas:

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Equidade de gêneros é realidade antiga em alguns países

Se no Brasil as mudanças culturais começam a trazer seus efeitos para o mercado de trabalho, no exterior a preocupação entre o equilíbrio de vida pessoal e profissional vem de longa data. Apenas como exemplo: na Suécia, homens e mulheres podem dividir o tempo de licença com o nascimento de um filho. O benefício é aproveitado por 85% dos homens que dividem com suas companheiras. Na Espanha, a preocupação com esse assunto é tamanha que criaram um selo de empresa “familiarmente responsável”, emitido por uma instituição denominada “Másfamilia”, recebido pelas companhias que têm práticas que permitam funcionários de ambos os sexos darem atenção à família.

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O mercado de arte na China

Foi promovido em 2011, na China, um dos leilões de quadros mais valiosos do mundo. O artista era QiBaishi e seu quadro foi vendido por US$ 65,4 milhões. Nenhum quadro chinês tinha chegado a este preço antes e ao fim de 2011 a venda teve repercussão global, pois ajudou a colocar a China na frente dos Estados Unidos como o maior mercado de arte do mundo. Dois anos após o leilão, a obra de arte de QiBaishi continua aguardando sua entrega. O vencedor do leilão se recusou a pagar o valor quando surgiram dúvidas acerca da autenticidade da obra. Este é um dos paradoxos enfrentados pelo mercado de arte da China, ao mesmo tempo em que vive um crescimento vertiginoso, a dúvida sobre a autenticidade das peças acaba por fazer com que os contratos não se cumpram em sua integralidade.

O mercado de peças falsificadas, de produção em massa tornou-se um espaço de corrupção, pois empresários chineses acabam por subornar membros do governo com obras de arte. As fraudes não são novidade para o mercado das artes. O problema da China é que a explosão econômica acabou por dificultar a distinção entre as obras falsas e verdadeiras. E para aqueles que pensam que a produção de obras falsificadas é exclusividade dos chineses, basta procurar o nome de Han van Meegeren para saber que o ocidente também tem seus falsificadores – existem rumores de que Michelangelo no início da carreira falsificou estátuas de mármore para parecem mais antigas e pertencentes à Era Romana.

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Novos ricos chineses impulsionaram mercado de arte

No caso da China, a explosão do mercado de arte ocorreu com o consumismo dos “novos ricos”. A demanda é tão grande, que no ano passado foi registrado crescimento de 900% do mercado em comparação com 2003, atingindo US$ 8,9 bilhões. Os Estados Unidos registraram U$ 8.1 bilhões em 2012. Enquanto o ocidente procura artistas como Pollock e Rothko, os chineses preferem obras chinesas tradicionais de artistas do século XV ou de artistas modernos que trabalham com o estilo antigo. É, contudo, está na reverência ao passado cultural chinês a principal contribuição para a produção das falsificações. Os artistas na China são treinados para imitar mestres chineses antigos e eles produzem rotineiramente cópias de alta qualidade de pinturas e de outras obras como peças de cerâmica e de jade.

Antes de ser uma preocupação ocidental, os próprios chineses procuram controlar e distinguir as obras verdadeiras das originais. A autenticidade das obras é uma das primeiras questões que surgem no mercado chinês. Por anos, muitas das obras falsificadas passavam despercebidas. O cenário começou mudar quando começaram a surgir escândalos. Um deles foi a venda de uma pintura atribuída a XuBeihong por mais de US$ 10 milhões em que foi descoberto que tratava-se de uma falsificação feita por um estudante de uma importante academia de artes chinesa. Um caso mais complicado foi a decisão do governo em julho de fechar um museu privado em Hebei pela suspeita de que os 40 mil artefatos do lugar serem falsos.

Arte está entre pontos centrais para crescimento econômico

A China identificou a cultura como uma área central para o crescimento econômico e um mercado de artes serve também como instrumento de um “poder brando”, porque promove a sociedade chinesa como um centro de qualidade estética e de beleza, desviando o foco de críticas políticas e de questões ligadas aos direitos humanos. Uma das desvantagens dos chineses no combate à pirataria está na própria legislação, em que as casas de leilão não têm qualquer responsabilidade sobre a autenticidade das obras que disponibiliza. O problema no caso dos pagamentos pelas obras é complicado. Nos últimos três anos metade da vendas de peças de arte avaliadas em mais de US$ 1,5 milhão não foram completadas.

A arte se tornou uma espécie de moeda. Na televisão chinesa existem mais de 20 programas oferecendo dicas para colecionar e identificar relíquias culturais. Com um mercado tão emergente, muitos chineses correram para a Europa e para os Estados Unidos para resgatar relíquias chinesas. Também houve uma erupção de saques a museus envolvendo antiguidades chinesas. E um mercado negro de artefatos foi criado com “caçadores de tesouros” que escavam sítios arqueológicos para procurar peças para vender.

Há cerca de uma década, o mercado de arte chinês ainda era lento. O legado da Revolução Cultural de Mao ainda era forte porque os itens de luxo eram vistos como coisas burguesas e os Guardas Vermelhos procuravam as casas apreendendo e destruindo obras de arte.

Na década de 1980 ainda era muito fácil conseguir pequenas relíquias.

Eles trocavam as peças por uma máquina de lavar louças, conta um dos maiores colecionadores chinesas. Apenas em 1990, o governo retirou as restrições para a venda de obras de arte e em 2004, somente, com o surgimento dos novos ricos, o mercado de arte chinês “decolou”.

Compras no exterior pela internet: atenção a cuidados e regras

Governo está entre responsáveis pelo fenômeno da corrupção

O governo, ao mesmo tempo em que suspendeu a licença de 150 casas de leilão entre 2008 e 2011 por uma série problemas, dentre eles a venda de itens falsos, também é responsável pelo fenômeno via corrupção. Em alguns casos, um oficial do governo recebe uma obra de arte com instruções para colocar esta para leilão, o empresário usa a peça como moeda para o suborno. Ele compra a peça com preço inflacionado e concede ao oficial um lucro acertado. Isso acontece porque, ao contrário do dinheiro, o valor da arte não é óbvio.

Na China, a tradição da cópia reflete muito mais do que a simples reverência pelo passado, é uma forma de apreciação da beleza que foi capturada de forma tal que merece ser reproduzida pelas gerações futuras. Ao contrário do ocidente, onde o “espanto do novo” é admirado, a China valoriza a tradição, e suas obras mais apreciadas usualmente prestam homenagem e se parecem com artefatos produzidos há centenas de anos. Em escolas de arte prestigiosas, os acadêmicos aprendem como imitar os mestres. Um dos pontos de prestígio para os artistas é justamente a capacidade de se aproximar da obra dos antigos mestres. Trata-se como uma herança do estilo e a sua reprodução é uma forma de honrar o passado.

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