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Em Pauta

Eleições: os ricos aguardam a autofagia dos candidatos

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/10/2017 10:37
Eleições: os ricos aguardam a autofagia dos candidatos

Com Lula à frente em todas as pesquisas - só empataria com o não candidato Sergio Moro - pode afirmar-se que a esquerda já têm candidato para as eleições de 2018. Caso Lula, em vez de presidente se torne presidiário, cenário igualmente provável, a esquerda ficaria órfã. Ou com excesso de pais e mães. Fernando Haddad, a nova geração petista não vem convencendo. Ciro Gomes, duas vezes candidato derrotado, só emplaca no nordeste. Marina, a medalha de bronze nas duas ultimas eleições é a eterna incógnita, não sabe o que deseja da vida. Uma imensa confusão. Mas a esquerda têm um plano A. Mas o plano B é uma quimera, um sonho que desvanece e não acontece.
Mas no centro e na direita há confusão do mesmo tamanho. E por centro e direita entenda-se os donos do PIB brasileiro. Todos os empresários grandes e médios do país, o setor produtivo, o mundo corporativo, os bancos, a bolsa, os mercados. Todos eles juntos, praticamente sem exceção desejam um candidato de centro ou de direita.
Em reportagem no jornal brasileiro que melhor representa os donos do PIB - O Estado de S.Paulo - um punhado de gestores admite que não têm nenhuma certeza acerca de seu candidato. Só decidiram que apoiarão alguém. Um candidato que possa vencer Lula. Em reuniões, em jantares, no WhatsApp, os ricos discutem, discutem, discutem e não saem do lugar.
Há quem defenda, sem rodeios João Doria. Originário do mundo dos negócios, Dória, cujo slogan é "não sou político", arrancou feito um foguete nas pesquisas. E parou. Alckmin, o padrinho de Dória, também lançou sua candidatura. Mas não sai de pontuações baixas. Em simultâneo, o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, muito estimado no meio empresarial, também já se posicionou. O ministro não têm o menor apelo popular, mas viu o potencial eleitoral da população evangélica e chegou a gravar um vídeo pedindo que pentecostais e neopentecostais orem ao lado dele pela economia do país. João Amoedo, ex-banqueiro, e hoje líder do Partido Novo, não têm apelo popular e nem no meio dos ricos. Há Jair Bolsonaro, o ultradireitista, defensor da ditadura, da cura gay e da liberação das armas, cujo discurso social assusta os ricos tanto quanto Lula. A voz corrente no meio dos milionários é que Bolsonaro é um Lula de coturno, assusta muito.
A ideia dos ricos é esperar até o limite da campanha pela autofagia dos candidatos do centro e da direita. E só então escolher aquele em melhores condições de derrotar o poderoso Lula. Ou o resto da tropa de fracos candidatos de esquerda que o provável presidiário Lula escolher, de dentro da prisão. O herdeiro de um mártir.

Eleições: os ricos aguardam a autofagia dos candidatos

Bilionário doa US$18 bilhões para democracia.

O bilionário George Soros transferiu US$18 bilhões de sua fortuna pessoal para a fundação que criou em 1993, a Open Society, dedicada ao desenvolvimento da democracia. Aquela que é, na realidade, uma rede de fundações com filiais em 37 países e ações em mais de 100 nacionalidades já recebeu mais de US$20 bilhões de financiamento de vários filantropos. É a segunda entidade mais rica dos EUA, só perde para a Fundação Bill e Melinda Gates (US$40 bilhões).
Soros está com 87 anos. Nasceu em Budapeste, na Hungria, e depois de uma vida dedicada a investimentos em fundos e indústrias - é proprietário de usina de álcool em Ivinhema, no Mato Grosso do Sul - se tornou um dos homens mais ricos do mundo. Agindo em causas democráticas desde os anos 1970, Soros começou doando bolsas escolares para os sul-africanos vítimas do apartheid. Na década seguinte, foi um dos principais financiadores dos movimentos que derrubaram o Muro de Berlim. Ao mesmo tempo, financiava eventos culturais que visassem a abertura da hoje extinta União Soviética. No início deste século passou a labutar contra as guerras às drogas. É um dos mais expressivos batalhadores pela legalização da maconha. Ele diz que o sucesso que obteve nos mercados financeiros lhe permitem apoiar as causas que bem entender. Considera-se um homem livre. Sua assessoria não explicou para quais causas irão os US$18 bilhões.

Eleições: os ricos aguardam a autofagia dos candidatos

Robô deve pagar imposto? Desemprego ou pleno emprego?

Há alguns meses, uma página web com o explícito título "Will robots take my job?" (algo como "Os robôs tirarão meu emprego) colocou milhões de pessoas em profunda melancolia. Seu título, provocador, acrescentou medo às populações do mundo todo. Seu funcionamento é simples: introduza tua profissão e a página mostrará a possibilidade que existe de que um robô faça teu trabalho brevemente. A base de dados para oferecer a porcentagem está em um vasto estudo da Oxford. Pinta um panorama nada promissor para a mão de obra humana. Perante esses dados Bill Gates e Elon Musk sugeriram que os robôs deverão pagar impostos para compensar as perdas de emprego que gerarão.
Mas nem todo mundo comparte essa visão pessimista. Thomás Frey, engenheiro divulgador é uma das personalidades mais relevantes quando se trata de predizer o que ocorrerá com a alta tecnologia opina que o que virá nos próximos anos não tem de ser uma hecatombe. Foi Frey que disse que o mercado perderá 2 bilhões de empregos há anos. Mas ele diz que fez um alerta aos governos e empresas para que isso não ocorresse. Thomás Frey é o criador do Instituto Da Vinci, depois de ser o grande criador das máquinas da IBM, resolveu criar um centro com os maiores especialistas do mundo para estudar o futuro do mercado de alta tecnologia. Ele diz que só com a educação apropriada nos livraremos desse risco. Todavia, se mostra preocupado pois se passaram 5 anos de sua apoteótica visão do futuro e os governantes do mundo todo continuam não se preocupando com a educação. Para ele, basta comparar com os gastos militares para percebermos que a educação no mundo continua atrasada.

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