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Em Pauta

Genes podem determinar se o covid-19 o colocará no hospital

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/05/2020 07:13
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Quando a maioria das pessoas são infectadas pelo novo coronavírus, elas apenas desenvolvem casos leves ou indetectáveis. Outros sofrem sintomas graves, lutando para respirar na UTI. Alguns não sobrevivem. Apesar de um esforço mundial, os médicos ainda não têm uma imagem clara dessas diferenças tão abissais que vão de não ter sintoma algum até a morte. Muito se falou sobre doenças pré-existentes. Também se cristalizou a diferença nas faixas etárias. Há até o estudo sobre a obesidade como influência decisiva para o vírus matar as pessoas. Nenhuma das hipóteses até agora levantadas se sustenta em pé isoladamente. Há idosos que morrem e outros nem percebem a existência do covid-19. No outro lado, há muitos jovens fortes e com ótima saúde falecendo. Essas diferenças inexplicáveis também valem para doenças pré-existentes e obesidade. Eis que uma universidade do Oregon, nos EUA, começa a trabalhar com outra variável. As diferenças genéticas entre as pessoas poderiam explicar as diferenças nos sintomas e na gravidade do covid-19?


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Sem nenhuma dúvida, nossos sistemas de alarme reagem de maneira diferente para o ataque de um vírus.

Quando um vírus infecta células humanas, o corpo reage ativando nossos sistemas de alarme. É como se fosse um grito de preparação para a guerra: "preparem-se, o inimigo está chegando". Feito o alarme, entram no campo de batalha as células T citotóxicas - um tipo de glóbulo branco. A missão de combate dessas células T é matar todas as nossas células que tenham sido infectadas. Com alguma sorte, retardam a infecção de milhões de outras células.
A questão é que nem todos os sistemas de alarme dos humanos são criados iguais. As pessoas têm versões diferentes dos mesmos genes - chamados alelos. Alguns desses alelos são mais sensíveis a determinados vírus do que outros alelos. Digamos que eles "gritam mais alto e mais rapidamente". Quem tiver um alelo mais sensível ao covid-19 reagirá mais rapidamente, dando chances aos sistema de combate de agir com maior eficácia. O inverso é verdadeiro na pesquisa do Oegon: quem tiver alelos menos sensíveis ao covid-19 reagirá lentamente, permitirá que o vírus destrua nossa barragem de defesa.

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Descobriram uma variação nos genes HLA.

Os cientistas norte-americanos descobriram que a variação nos genes HLA é, sem dúvida, parte da explicação para as enormes diferenças na gravidade e velocidade da infecção em pacientes com covid-19. Acreditam que não podem afirmar que essa variação nos genes HLA seja a única explicação, o único fator genético, para explicar as diferenças no ataque viral. Creem que há outros genes que participam no alerta geral para o ataque. Deram um passo importante para entendermos melhor como esse vírus desgraçado nos afeta. Faltam mais estudos genéticos. Agora, começamos a tatear explicações antes inexistentes.

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