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Em Pauta

Iniciadas as negociações para evitar um governo "Lúdio" para os professores

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/01/2015 07:45

Professores estaduais iniciam mobilização pelos 11,84%

Há dois percentuais em discussão entre os novos governantes estaduais e os professores: o reajuste nacional do piso de 13,01% e a integralização do piso por 20 horas de trabalho, que equivale a 11,84%. O governo aceita pagar os 13,01% dividindo em janeiro e maio, argumentando ter dificuldades de caixa para honrar o compromisso nacional. A Federação dos professores não admite discutir essa hipótese, pois acarretaria um arrasto de dívida que dificultaria a continuidade de seus ganhos anuais. O segundo percentual, de 11,84%, é proveniente de uma lei estadual de 2013. Os governantes não querem pagar. Os representantes dos professores aceitam um parcelamento a ser construído.

As tratativas iniciais com os professores foram realizadas pelo Secretário de Cultura, Athayde Nery, que não levaram a lugar algum. Pessoa errada na discussão errada. Um comitê foi formado para o enfrentamento com os sindicalistas composto pelos secretários de Administração, Casa Civil, Governo e Educação. Na primeira reunião os governantes não apresentaram os números que dispunham. Está agendada uma nova reunião com os mesmos componentes.

Ao mesmo tempo os professores, percebendo as dificuldades de entendimento, convocaram todos os presidentes dos sindicatos municipais para uma reunião onde avaliarão os limites das negociações e, ao mesmo tempo, o início de mobilizações nas ruas. A ideia de greve começa a se formar na cabeça dos professores. Procuram por uma definição dos novos governantes e lhes aplicam um distintivo: " É um governo Lúdio". E o que significa ser um governo Lúdio para os professores? Um governo "feijão com arroz".

É um embate em que almejar o ganho em duas frentes, financeira e política, fica próxima à utopia. O governo pode ganhar na financeira, recorrendo à justiça e não pagando os percentuais cobrados pelos professores, mas perderá politicamente. Mas também poderá ganhar politicamente, todavia abrirá um rombo no navio da Secretaria de Fazenda.

Centrais sindicais se movimentam contra novas regras trabalhistas

Apesar da disposição demonstrada pelo governo federal em estabelecer diálogo com as centrais sindicais ao enviar um batalhão de ministros para negociar, os representantes dos trabalhadores iniciaram os trabalhos para tentar derrubar o novo modelo.

Estiveram reunidos os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, da Previdência, do Planejamento, do Trabalho e Emprego com dirigentes sindicais da CUT, UGT, CSB, CTB e da Força Sindical. Nesse encontro, apesar de não ter ocorrido avanço formal, os ministros se comprometeram a manter o diálogo. Os sindicalistas, apesar de visões distintas, decidiram trabalhar por adaptações nas medidas, e não pela total revogação dos textos. Uma nova reunião está pré-agendada para o dia 03 de fevereiro.

Contra as medidas, os sindicalistas deverão organizar uma mobilização nacional para o dia 28 de janeiro. O passo seguinte será o enfrentamento no Congresso Nacional. Os Deputados deverão analisar os textos das MPs 664 e 665, que definiram as mudanças do seguro desemprego, abono salarial, auxílio doença e pensão por morte. Mas bem sabem que a capacidade de articulação da bancada sindicalista na Câmara diminuiu - era formada por 83 deputados e a partir de fevereiro contará apenas com 50 parlamentares. Eles entendem que o caminho com maior chance para os trabalhadores é o judicial. Mas o país recebeu bem o novo modelo que está em vigor com essas medidas. Os sindicalistas terão dificuldades em derrubá-las.

Pavões, sapos e outros bichos

Há sempre um vaidoso em qualquer órgão de governo ou nos escritórios. Aquele que acredita que tem constantemente à sua volta uma audiência que é preciso impressionar. Aquele gênero de indivíduo que conta todas suas façanhas, reais ou imaginárias, com a ausência de detalhes que delata a inverdade.

Os órgãos de governo e escritórios estão cheios desses personagens que anseiam por se fazer maiores e incham como sapos na primeira oportunidade de se tornarem visíveis aos olhos dos chefes. Na maioria das vezes, os esforços patéticos para brilhar até podem ser bastante divertidos, mas com o passar do tempo ter alguém com tamanha necessidade de atenção ao lado pode tornar-se extremamente cansativo. São como aquele colega de escola que escolhiam sempre o momento em que a turma inteira arrastava as cadeiras para trás para sair voando para o recreio e ele levantava as mãos para tirar alguma dúvida com o professor. São os conhecidos chatos. Pavões, sapos e chatos pertencem à mesma família zoológica ainda que a ciência negue. São espécies merecedoras da extinção e a única arma eficiente é o silêncio e a imobilidade dos músculos faciais, nenhum sorriso.

Provaram que o Bolsa Família melhora a alimentação

Entra campanha eleitoral, sai campanha eleitoral e o debate se perpetua - o Bolsa Família melhora a alimentação? Quem responde é a USP, a outrora melhor universidade do país. Uma pesquisa realizada por essa universidade mostrou que o Bolsa Família melhorou de fato a alimentação dos beneficiários do programa. Foi constatado um aumento no consumo de fibras, carboidratos, vitaminas e sais minerais, e consequentemente, um progresso nos indicadores nutricionais de crianças e adolescentes. E lembrem-se: custa barato.

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