Horóscopo e astrologia, desde a Mesopotâmia até o TikTok
Os horóscopos nasceram na antiga Babilônia para registrar a posição dos corpos celestes divididos no firmamento em 12 partes associadas com constelações. Na Grécia, evoluiu para o zodíaco e as previsões individuais. Durante séculos, foi esquecido.Muito mais tarde, em 1.930, o horóscopo moderno fez sua entrada triunfal na coluna do jornal britânico “Sunday Express”, que publicou uma previsão para o nascimento da princesa Margarida. Desde as tabuinhas mesopotâmicas até o Tik Tok, conseguiu se adaptar. Virou uma cultura pop, um entretenimento. Mas também, para alguns, serve de guia espiritual. Por que?
Os buracos da ciência.
Ainda que vivamos rodeados de ciência, dados e tecnologia, seguimos necessitando de relatos que nos deem sentido. A astrologia oferece uma forma de olhar a desordem da vida e dar-lhe certo sentido. Quase nunca as explicações da astrologia são lógicas ou verdades absolutas, é uma curiosidade sobre como funcionamos e somos, além de nos dar previsões do que acontecerá que aqueçam nossos sentidos.
Os cientistas contra a pseudociência.
A astrologia, como tantas outras, é uma pseudociência. Não há um só estudo empírico que lhe dê validade. Em 1.975, 186 cientistas - inclusive com 18 prêmios Nobel - assinaram um manifesto contra. Disseram que não existe conexão alguma entre a forma de ser das pessoas e a posição astral ao nascer. Buscar explicações é saudável, mas conformar-se com o que o horóscopo lhe indique pode ser prejudicial. O fenômeno se relaciona com o “Efeito Forer”, a tendência a aceitar descrições vagas como se fossem profundamente pessoais. Os cientistas também afirmam que não passa de diversão e superstição para muitos, mas que para alguns é um ritual de emoções.
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