Natural, mas com riscos: guaco é abortivo e cavalinha vira perigo a hipertensos
Chazinhos que fazem sucesso no “boca a boca” também podem trazer problemas de saúde
Conhecimento popular passado de geração em geração, as ervas são naturais, mas não isentas de riscos. Os chazinhos que fazem sucesso no “boca a boca” também podem trazer problemas de saúde, principalmente a grupos como gestantes, crianças, idosos e quem tem doença crônica.
RESUMO
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Ervas medicinais, apesar de naturais, podem oferecer riscos à saúde quando consumidas sem orientação profissional adequada. Especialistas alertam que gestantes, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas devem ter atenção especial ao consumo desses produtos. Entre os exemplos citados, o guaco e a erva-doce são contraindicados para gestantes devido ao efeito abortivo, enquanto a cavalinha, popular entre pessoas que buscam emagrecer, pode ser prejudicial a hipertensos. A consulta prévia com profissionais de saúde, especialmente farmacêuticos, é fundamental para garantir um uso seguro e eficaz.
Por exemplo, o guaco e a erva-doce são contraindicados para gestantes, pelo efeito abortivo. Já a cavalinha, muito procurada por quem busca o emagrecimento, vira perigo aos hipertensos.
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“Utilizar plantas e chás medicinais sem acompanhamento profissional pode acarretar riscos significativos à saúde. Embora muitos considerem os produtos naturais como seguros, a verdade é que eles também podem causar efeitos adversos graves, especialmente se usados de forma inadequada”, afirma a presidente do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia), Daniely Proença, que é pós-graduada em Farmácia Clínica, Prescrição Farmacêutica e Fitoterapia.
Ela reforça que antes de usar qualquer planta ou chá medicinal é fundamental consultar um profissional de saúde.
“E o farmacêutico é seu grande aliado nesse momento. Isso garante não apenas a eficácia do tratamento, mas também a segurança, especialmente para grupos vulneráveis. A automedicação pode ser tentadora, mas os riscos superam os benefícios quando não há supervisão adequada”, diz Daniely.
Populares, mas com riscos
Erva-doce: Usada para problemas digestivos, ela pode causar reações alérgicas e não é recomendada para gestantes, pois pode estimular contrações uterinas.
Guaco: Contraindicado para gestantes.
Chá de hibisco: Popular para emagrecimento, pode reduzir a pressão arterial, representando risco para hipertensos. Também não é indicado para gestantes.
Gengibre: Usado para náuseas e problemas digestivos, pode interferir em anticoagulantes e não é recomendado para pessoas com problemas cardíacos.
Aloe Vera: Embora tenha propriedades laxativas, o uso excessivo pode causar diarreia e desidratação, sendo contraindicado para crianças e gestantes.
Cavalinha: Popular para problemas urinários, pode causar desidratação e não é indicada para hipertensos, pois pode afetar a pressão arterial. Não é recomendada durante a gravidez.
Alcaçuz: Pode aumentar a pressão arterial e causar retenção de líquidos.
Alcachofra: Embora tenha benefícios, pode causar interações com medicamentos antidiabéticos.
Erva de São João: Não é aconselhável para crianças.
Chá de camomila: Embora geralmente seguro, em altas doses pode causar sonolência excessiva em crianças.
Spirulina: A alga é rica em vitaminas do complexo B, mas deve ser evitada por pessoas com artrite e artrose.
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