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Em Pauta

Omep e Seleta, o que está ruim pode ficar pior

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/12/2016 06:59
Omep e Seleta, o que está ruim pode ficar pior

A justiça decidiu dissolver os convênios da Prefeitura com a Omep e com a Seleta. Mais de 4.000 funcionários estão sem receber salários e milhares de crianças, alunos e desabrigados ficaram sem os serviços da administração municipal. Há muito tempo a justiça vem dizendo que existem sérios problemas nesses contratos. A imprensa fala em corrupção. Caso exista, esse será o menor dos problemas. A gravidade maior está na sustentação da tese jurídica de que os contratos da Prefeitura de Campo Grande com a Omep e a Seleta seriam nulos. É importante repetir: conforme a justiça, os contratos não existem.

Tal decisão, caso se torne definitiva, ensejaria, além do não recebimento dos salários e demais direitos trabalhistas, a devolução para os cofres públicos das dezenas de milhões que foram pagos pela administração municipal às duas entidades. Restaria a indagação: quem devolveria essa montanha de dinheiro - as entidades ou os funcionários que prestaram os serviços tornados ilegais. O que está ruim, pode ficar pior. Irrespirável.

Omep e Seleta, o que está ruim pode ficar pior

Livros de Natal e férias

Os melhores livros de economia que saíram recentemente são: "The Euro and the Battle of Ideas" e "The Great Convergence". O primeiro, escrito pelo economista Markus Brunnermeier, o historiador Harold James e o banqueiro Jean Pierre Landau. Tudo a ver com o momento que vivemos na economia brasileira, o livro documenta e explica o conflito entre franceses e alemães.

Os alemães insistem nas regras e na disciplina. Na perspectiva deles, o grande problema que a todos aflige é, por um lado, a dívida excessiva que põe em risco o cumprimento de obrigações contratuais e, por outro lado, os maus incentivos criados pelos governantes e bancos. Essas políticas públicas, como o pacote anunciado pelo governo Temer, por socorrerem quem está em crise, encorajam maus comportamentos, semeando os ventos da crise seguinte.

Os franceses acreditam, como os economistas e políticos brasileiros, que é essencial ter flexibilidade para responder as crises e facilitam a vida dos devedores. Os alemães desejam implementar reformas, com efeitos no futuro, enquanto os franceses acham importante estimular a economia. Parece que franceses e alemães mudaram para o Brasil. Nada tão atual.

Já o "The Great Convergence - Information Technology and the New Globalization", escrito por Richard Baldwin, mostra que a nova globalização começou em 1990. Naquela época, os7 países mais ricos do mundo, atingiram o seu apogeu, controlando 70% da riqueza mundial. Desde então, o quinhão de riqueza dos países mais ricos caiu para baixo de 50%. Queda assustadora para os ricos.

As tecnologias de informação permitiram aos países mais ricos exportar as suas ideias e processos para os países mais pobres. Combinados com mão-de-obra abundante, permitiram um crescimento econômico fulgurante dos mais pobres. O gatilho foi tecnológico, não político. Tentar combater o desaparecimento da indústria nos EUA, na Europa ou no Brasil, com políticas protecionistas falhará pois entrará em choque com mudanças tecnológicas. Se não forem os vietnamitas a ficarem com os empregos dos norte americanos ou dos brasileiros, serão antes os robôs. Mas os empregos industriais não retornarão.

Baldwin é arrojado. Argumenta que a última fase da globalização ocorrerá com a telepresença. Quando um médico na Coreia puder fazer à distância o trabalho que um médico no Brasil hoje faz. Ajustarmo-nos a essa nova realidade implicará cuidar das pessoas em vez de proteger postos de trabalho.

Nenhum dos dois livros é a última palavra para a economia mundial. Mas combinados, oferecem uma boa perspectiva do populismo de 2016 que tomou de assalto o mundo. Inclusive o Brasil. As mudanças no mundo moderno são tecnológicas e por isso irreversíveis. Mas devemos admitir que há um imenso confronto de ideias sobre como lidar com elas.

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Não dê no Natal. Ideias malucas que renderam milhões

Quem diria que daria certo? Eis o top ten das ideias mais insólitas, mas que renderam fortunas. Para cada cem ideias consideradas malucas para o mundo do negócio, sempre há uma que vinga. O mundo sempre terá algum maluco ou trambiqueiro que fará fortuna. Não se esqueçam do austríaco que passou a perna em Al Capone. E não se contentado com a fortuna que tomou do mais famoso e cruel gângster da história, foi vender a Torre Eifel. E fez outra fortuna. Eis o top ten das ideias malucas:

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1. Vender pedra em caixinha. Gary Dahl, um executivo de publicidade comprou um monte de pedras em uma construção. Embalou-as em caixas de papelão - "para que respirassem" - e vendeu-as como "animais" de estimação. Resultado? As "pedras de estimação" foram o grande sucesso do Natal de 1975 nos Estados Unidos. Faturou milhões.

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2.Uma só página para milhares de anúncios. Quer propagandear tua empresa? Que tal em uma página da internet junto com milhares de outras propagandas. Essa foi a ideia insólita de um estudante norte americano. Parecia com um quebra-cabeças montado por um cego. Mas o "gênio do trambique" faturou mais de um milhão de dólares.

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3. Cartucho fajuto sagrado. Lembram-se dos cartuchos "recarregáveis"? Aqueles que destruíam impressoras com pouco tempo de uso? Essa foi a ideia do padre Bernard McCoy. Um dia ele deparou-se com a falta de tinta na impressora e pôs-se a buscar uma alternativa para os preços elevados que encontrou no mercado. Assim, começou o primeiro negócio no mundo para encher cartuchos vazios. Três anos depois, havia faturado US$2,5 milhões e ainda vendeu a empresa.

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4. Atração "positiva". Essa ideia é surpreendente. Um site na internet para encontros "positivos". Melhor dizendo: para encontros de quem tem teste de HIV positivo. Paul Graves e Brandon Coechlin iniciaram o PositivesDating. Já conta com mais de 50 mil membros.

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5. Osso da sorte. Há quem acredite que determinado tipo de osso - do frango, por exemplo - pode trazer sorte. Ken Ahroni criou uma empresa para vender ossinho da sorte. Feitos em plástico, vende 30 mil por dia. Cada pacote custa US$3... Se fizer a conta, levará um susto.

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6. Óculos de sol para cachorro. O boom da indústria de acessórios para animais de estimação chegou a esse ponto. Para cães que o sol pode incomodar, o Doggles é a resposta. Ficaram tão famosos que chegaram à CNN e à National Geographic. O lucro dos Doggles são obscenos. Contam-se na casa de dezenas de milhões de dólares.

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7. Baralhos de exercício. Há baralhos com mulheres nuas, baralhos com pinturas famosas, baralhos com os muçulmanos mais procurados pela polícia... Porque não baralho com imagens de exercícios físicos? Phil Black, um instrutor de fitness vende esse baralho a US$ 18,95. Já acumulou uma fortuna de US$ 4,7 milhões.

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8. Férias trabalhando. Quase todos aproveitam as férias para fugir do trabalho. A Vocation Vacations pensou na minoria que quer trabalhar durante as férias. Criou programas para vender as "férias trabalhando dos seus sonhos". Há todo tipo de maluquice. Apanhar legumes foram os mais procurados. Mas, já imaginou ser coveiro?

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Três mulheres no comando da ONU. Uma é brasileira

Três mulheres foram escolhidas para ocupar os principais postos de comando da ONU pelo novo secretário-geral, o português António Guterres. Um presente de Natal antecipado que assinala, pela primeira vez, a ascensão das mulheres a cargos de topo nessa organização tradicionalmente comandada por homens.

Guterres anunciou o nome da Ministra do Meio Ambiente da Nigéria, Amina Mohammed, para ser a número dois da ONU. A diplomata brasileira Maria Luiza Viotti para o terceiro posto na hierarquia e a sul-coreana Kyung-wha Kang para assumir o novo cargo de assessora especial para a política.

Currículo não falta a elas. Amina foi assessora especial da ONU para o desenvolvimento sustentável. Maria Luiza foi embaixadora do Brasil na ONU e embaixadora na Alemanha. Guterres que sucederá o sul-coreano Ban Kin Moon a partir de primeiro de janeiro, terá um mandato de cinco anos.

A ONU não tem critérios de quotas para mulheres ou cores de pele. As três mulheres foram escolhidas por critério de meritocracia com um extenso currículo de serviços prestados. Um presente no sapatinho da arvore natalina para o Brasil.

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Tem mais mulheres tentando entrar no Exército do que na USP

Novos tempos. Muito há para ser entendido. Até há pouco, lugar de mulher não era no exército. Passou a ser. E não é para fazer tricô ou atividade secundária. É para combater. A primeira seleção de mulheres para as escolas de preparação para funções de combate foi um estrondoso sucesso. Mais de 7.700 mulheres se inscreveram para as 40 vagas reservadas para as mulheres na Escola Preparatória de Cadetes, porta de entrada para a Academia Militar das Agulhas Negras, o ensino superior dos militares. São 192 candidatas disputando cada vaga. Na escola que prepara sargentos, também aberta para mulheres pela primeira vez, a relação é de 179 mulheres para uma vaga. Para comparação, o curso mais concorrido da Fuvest - medicina em Ribeirão Preto - teve "apenas" 70 pessoas para cada vaga.

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