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Em Pauta

Os maiores de 60 começam uma nova revolução sexual

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 22/01/2025 07:20
Os maiores de 60 começam uma nova revolução sexual

A vida sexual não deveria ter data de encerramento ainda que vá modificando pelas mudanças físicas e mentais. Os novos idosos reivindicam uma maneira diferente de envelhecer, que compreenda uma sexualidade ao longo de toda a vida. O sexo pode ser redefinido. Os maiores de 60 anos são mais seguros de si, muito mais autênticos e satisfeitos.


Os maiores de 60 começam uma nova revolução sexual

Abaixo o tabu.

Pode ir contra as normas culturais predominantes, mas o impacto positivo para as pessoas e para a saúde publica sugere uma conclusão audaciosa: chegou a hora de uma nova revolução sexual. A mudança está sendo silenciosa, ninguém irá para as ruas desfilar enfeitado e nem rasgará soutiens. Mas ela ocorre na cama. Ninguém deseja ser tachado de “velho tarado” ou de “velha louca”. A sociedade, tão permissiva para outras questões sexuais, ainda não deu permissão para os idosos declararem altaneiramente que estão vivos e praticam sexo. É o maior tabu de nossos tempos.


Os maiores de 60 começam uma nova revolução sexual

Poucos estudos.

Há poucos estudos sobre a sexualidade após os 60. Um dos mais completos foi realizado na Suécia em 2020. Diz que 46% dos maiores de 60 anos são sexualmente ativos semanalmente ou pouco mais. Dentro dessa percentagem, os homens mantém mais atividades eróticas - 55% - que as mulheres - 40% -. E há uma surpreendente “façanha”- 10% dos maiores de 90 anos continuam praticando sexo -. Outro estudo, desenvolvido na Noruega, Dinamarca, Bélgica e Portugal, demonstra cabalmente que manter certa atividade sexual após os 60 melhora a expectativa de vida saudável. Mas continua sendo raro algum médico tratar dessa questão com seus pacientes, diz a pesquisa, apesar de há 18 anos terem surgido consultórios apropriados para tratar desse assunto por toda a Europa.


Os maiores de 60 começam uma nova revolução sexual

O que aparece nas consultas médicas.

Esses consultórios mostram que a maior quantidade de consultas se dá por conflitos entre os casais - um deseja ter relação sexual e outro não aceita. Há também grande quantidade de pessoas com disfunção sexual que são facilmente tratáveis, número muito semelhante à secura vaginal das mulheres. Outra pauta comum é o medo de infarto. Todos são facilmente resolvidos. Não há dúvida: o desejo cura tudo!

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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