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Em Pauta

Os três homens que mandam nos preços do petróleo

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/12/2018 11:19
Os três homens que mandam nos preços do petróleo

Altas nos preços do petróleo de 20% em pouco mais de um mês. Quedas de dimensão semelhante em curto período de tempo. Os preços do barril de petróleo alucinam muita gente. Inclusive os caminhoneiros brasileiros e portugueses. Mas os dois governantes - do Brasil e de Portugal - nada determinam nesse voraz e belicista mercado. Nem mesmo os países da Europa Ocidental conseguem sentar-se à mesa para resolver o preço do "ouro negro". Recentemente, o Parlamento Europeu resolveu lutar contra a exigência do governo norte americano de comprar petróleo somente pagando em dólares (o chamado petrodólar). A expectativa é a de que tudo continue como sempre: os petrodólares prevalecerão, são determinantes para o bem estar dos norte americanos.
Mas a responsabilidade por essa montanha-russa é exatamente dos russos, norte americanos e sauditas. Putin, Trump e o príncipe Mohammed bin Salman ditam o andamento dos preços. Mas os objetivos dos três poderosos não são coincidentes.
Trump têm pressionado a OPEP, que tem a Arábia Saudita como membro mais influente, a não reduzir a produção. O objetivo óbvio é não diminuir a oferta para não aumentar os preços. Trump têm ameaçado o príncipe para não reduzir o bombeamento de petróleo. Chega a jogar contra seu próprio órgão de espionagem internacional - a CIA - para que os sauditas não restrinjam a produção. As ameaças de Trump estão dando certo pois bin Salman está em uma posição internacional de extrema vulnerabilidade devido à acusação de ser o responsável pelo assassinato do jornalista Jamal Kashoggi e à guerra no Iêmen. Já o objetivo de bin Salman é o oposto. O príncipe saudita quer cortar produção para manter os preços elevados. Chegou a avançar com essa produção quando o preço do petróleo caiu 20% em um mês e meio, de mais de 85 dólares para menos de 70 dólares. Há pouco tempo Bin Salman estava aliado a Vladimir Putin para cortes coordenados de produção. A ideia era arrasar com a concorrência do petróleo de xisto dos EUA. O barril chegou à marca histórica de menos de 30 dólares. E eis que veio o assassinato do jornalista. Você já viu em algum momento da história um jornalista ser assassinado e ocupar todas as manchetes dos principais jornais do mundo? A jogatina é pesada... só para poucos "iluminados". O representante da Petrobras não senta nem na quinta fileira nas reuniões que decidem o preço do petróleo no mundo.

Os três homens que mandam nos preços do petróleo

Sabe quem são os maiores produtores de petróleo do mundo?

Quando pensa nos maiores países produtores de petróleo é normal vir-lhe à cabeça aqueles situados no Oriente Médio. No entanto, eles compõem a lista do Top 10 apenas com a metade dos maiores. Dificilmente alguém acertará o primeiro colocado. O MSN Money elaborou a lista com base nos dados da Energy Information Administration, órgão do governo dos EUA. O Brasil ocupa uma boa posição no bombeamento de petróleo. Vamos à lista:

Os três homens que mandam nos preços do petróleo
Os três homens que mandam nos preços do petróleo

Sabe quando esgotará o petróleo no mundo? E a água?

A procura desmesurada por recursos naturais como o petróleo, o carvão e o gás nos faz esgotar essas preciosas fontes de energia. Mas não são apenas os recursos fósseis que têm um fim a vista. O cenário dos recursos hídricos também não é animador. Todos sabemos que esses recursos se esgotarão. Só falta marcar uma data certa. As mais ponderadas análises levam ao quadro seguinte:

Água doce - 12 anos.
A água doce representa apenas 2,5% da água existente no mundo. Pior: 70% dessa água está na forma de gelo e neve. Estima-se que por volta de 2030 metade da população mundial não terá água potável por perto. A alternativa é dessalinizar a água salgada. O método de osmose reversa, que filtra o sal, ferve a água e recolhe o vapor é caro e consome muita energia.

Petróleo - 50 anos.
As estatísticas do governo britânico dão conta que em 2017 existiam cerca de 1.695 bilhões de barris de petróleo no mundo. Se a utilização se mantiver nos atuais patamares, o recurso desaparecerá em pouco mais de 50 anos. A alternativa para os veículos é a eletricidade.

Fósforo - 50 anos.
O fósforo é necessário para que as plantas cresçam. A agricultura moderna e a dependência de fertilizantes levaram à extração excessiva desse recurso. A alternativa que vem sendo aventada na Europa e nos EUA é a pulverização de pó de osso de vaca nos campos agricultáveis. O fósforo está nos ossos da vaca com níveis entre 10% e 13%.

Gás - 52 anos.
A procura global têm feito a produção de gás aumentar. Segundo o British Petroleum Statistical Review, se a produção se mantiver nos atuais patamares, o gás desaparecerá em pouco mais de 52 anos.Não há uma alternativa minimamente aceitável no momento. Imaginam que os povos do mundo aceitarão a energia nuclear como a péssima, mas única solução.

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