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Em Pauta

Povo cheiroso: Brasil consome 20% da produção mundial de desodorante

Mário Sérgio Lorenzetto | 24/11/2013 09:00
Povo cheiroso: Brasil consome 20% da produção mundial de desodorante

Brasileiro é o povo mais perfumado do mundo

A população brasileira tem um potencial incrível para a comercialização de cosméticos, perfumes e artigos de higiene pessoal. Pelo clima e pela cultura locais, o brasileiro dá prioridade aos cuidados pessoais e está entre os maiores consumidores mundiais desses produtos. A população brasileira é mesmo a mais perfumada do mundo. O consumo per capita de artigos desse segmento é quatro vezes maior que a média mundial. Cada brasileiro gasta R$ 547 por ano em produtos para cuidados pessoais. No mundo, as despesas médias não passam de R$ 132 por pessoa. O brasileiro consome 20% de todo desodorante fabricado no mundo. A preocupação com os cuidados pessoais cresce de forma acelerada. O valor real das vendas nos últimos 15 anos cresceu cinco vezes no Brasil.

A análise que é feita dos motivos que estão levando a esse patamar de crescimento vão de além da alta do poder aquisitivo da população. O envelhecimento favorece o mercado do segmento de beleza.

Povo cheiroso: Brasil consome 20% da produção mundial de desodorante

Da venda direta ao e-commerce – crescimento ao gosto do cliente

Há muitos anos, o sistema de vendas diretas em um país com as dimensões territoriais do Brasil contribui para os bons resultados. No entanto, a rotina da venda porta a porta vem sendo alterada pelo avanço de novas tecnologias aplicadas à comercialização, especialmente o e-commerce, em que as compras podem ser concretizadas mediante um clique. Os marqueteiros dos cosméticos ainda acreditam que a venda pelo e-commerce seja “frio” e mantêm a aposta na vendas feitas pelas consultoras. Os dois canais de vendas, internet e consultoras, não são excludentes. Pelo contrário, podem ser somados. Uma consultora potencial é aquela que tem muitos contatos nas redes sociais.

O grande entrave para o crescimento ainda maior desse setor da economia está na entrega dos produtos. A logística é o item que tem recebido o maior investimento.

Esta, a venda de porta a porta, é uma tendência muito forte na economia nacional. Lojas Marisa, Nestlé, Boticário e Polishop já entraram no sistema ou estão se preparando.

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Fazer o perfume bater na porta do cliente: opção ainda seduz empresas

O argumento para todas as grandes companhias é o mesmo: montar uma loja em uma pequena cidade custa caro e não traz o retorno necessário. A venda de porta a porta resolve o problema.

Mas não é apenas a procura do lucro que mobiliza tantas pessoas pelo Brasil. A Rede Asta, primeira rede de venda direta de produtos da economia solidária do país, vai além desses efeitos: em uma ponta, oferece uma opção de renda por meio da venda porta a porta e, em outra, auxilia cooperativas de artesãos a comercializar seus produtos. É um negócio social, que hoje faz a diferença e transforma a realidade de 50 grupos produtivos e leva aos consumidores produtos de design exclusivos, feitos à mão. Os 600 “conselheiros” vendem itens de decoração e acessórios. As vendas em 2012 da Rede Asta totalizaram R$ 790 mil.

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Povo cheiroso: Brasil consome 20% da produção mundial de desodorante

Taylorismo – o início da administração científica

Um administrador –Frederick Taylor – engenheiro e gerente de uma importante fábrica de papéis na Filadélfia (EUA), no século XIX, se estabelece como consultor independente para promover a organização científica do trabalho e acaba pondo em prática, na siderúrgica Bethlehem Steel, novos procedimentos que levam à produção em massa. As idéias de Taylor conduzem a ênfase nas tarefas com o objetivo de aumentar a eficiência no lado operacional da indústria.

Em 1911, ele publica o “Princípios de Administração Científica”, propondo a racionalização do trabalho com a divisão de funções dos trabalhadores. Se por um lado ele organização o “chão da fábrica”, também criticou fortemente a administração por incentivo, quando um funcionário sugere ao patrão ideias que possam dar lucro à empresa. Taylor entendia que tal atitude levaria o patrão a tornar-se dependente de um subordinado. Ele dizia que era fundamental selecionar corretamente o operário e treiná-lo na função específica que iria desenvolver. É considerado o pai da administração científica.

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O futuro conforme Ray Kurzweil, norte-americano professor da Singularity University

A primeira visão do futuro que Kurzweil apresenta é de abundância. Ele afirma que a as impressoras tridimensionais invadirão todas as lojas, inclusive as de bairros mais remotos, chegando inclusive às residências. Assim como hoje enviamos álbuns de música ou livros por e-mail, ele crê que, em pouco tempo, enviaremos uma calça, uma camisa ou qualquer outro produto. Hoje é possível imprimir 70% das peças necessárias para fazer outra impressora tridimensional, isso chegará a 100% entre 5 a 8 anos. Então, poderemos enviar uma impressora tridimensional para a Nigéria, e ali poderão imprimir outra, então essas duas poderão imprimir quatro e continuarão a imprimir. Todo mundo terá uma impressora tridimensional que usa materiais muito baratos, e o mundo dos bens físicos se transformará completamente.

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Tecnologias impulsionam desenvolvimento e mais tecnologias

Kurzweil garante que as mesmas tecnologias que nos fazem mais inteligentes servirão para aumentar os recursos. Teremos 10 mil vezes mais luz solar que a necessária para produzir energia, e vinda do Sol, de graça. Não podemos plugar a geladeira no sol se não o convertermos em eletricidade, mas nanotecnologia está criando inovações que permite transformar a energia solar em eletricidade a custos cada vez mais baixos. Em 14 anos, poderemos usar toda a energia solar que quisermos a um custo muito baixo. Com a água ocorrerá o mesmo. Nosso planeta tem muita água, mas não potável, poderemos torná-la potável. Já somos máquinas humanas.

O iPhone que carregamos no bolso é inteligência não biológica e nos torna mais inteligente que há 10 anos. Passamos a ter acesso a quase todo conhecimento humano apertando poucas teclas. Rapidamente teremos um iPhone implantado em nossos cérebros com o tamanho de um glóbulo. Ele diz que alguns doentes com Parkinson já estão com neuroimplantes.

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Reproduzir a emoção humana com inteligência: eis o próximo passo

O professor diz que a emoção humana é uma das coisas mais inteligentes que existem. Ser divertido, sexy e amoroso integra comportamentos complexos na vanguarda da inteligência humana. Ele vai além, acredita que um computador poderá nos fazer rir ou chorar.

Finaliza dizendo que o maior impacto acontecerá na área da saúde. Antes de mapearmos o genoma humano, a medicina só descobria as coisas por acidente e avançava de maneira linear. No departamento de nanotecnologia da Singularty University estão projetando glóbulos vermelhos por uma versão robótica. Esses glóbulos nos permitirão correr uma prova olímpica por 15 minutos sem respirar. Nadar sem respirar por 4 horas será comum.

Dentro de 25 anos, teremos glóbulos brancos para combater as bactérias e os vírus mais resistentes. Belo mundo novo

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