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Em Pauta

Quando a direita entra no barbeiro. O penteado é político

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 22/11/2025 09:05
Quando a direita entra no barbeiro. O penteado é político

O cabelo sempre foi relacionado com a fertilidade e energia. Talvez por isso, a famosa cabeleira de Medusa foi transformada em serpentes. Desde a Antiguidade até a atualidade, o cabelo sofreu a intervenção de todo tipo: religioso, político, sanitário e econômico. Ao longo do tempo, bastava usar cabelo comprido para que todo um mecanismo repressivo se colocasse em marcha.

Quando a direita entra no barbeiro. O penteado é político

A cabeleira rebelde da direita e o corte nazi.

Ultimamente alguns indivíduos e ideias complicaram tudo. Os lideres mundiais da direita como Trump, o inglês Boris Johson, o argentino Milei e o holandês Geert Wilders exibem penteados cada vez mais inusuais e seus seguidores apostam por estéticas que premiam uma naturalidade recatada cortando totalmente os cabelos nas laterais e deixando comprido o “cocoruto”, o conhecido corte das tropas nazis.


Quando a direita entra no barbeiro. O penteado é político

A proibição de alguns cortes de cabelo.

El Salvador, governado pelo direitista Bukele acaba de proibir escolares e universitários cortar cabelos como bem queiram. O governo impôs normas de uniformidade muito similares às que regem os quartéis de todo o mundo. Chamam de “corte Edgar” esse tipo de penteado. Essa militarização dos penteados nas escolas também ocorre na Coreia do Norte. Por lá, criaram um catálogo com 18 cortes permitidos pelo regime ditatorial para homens e mulheres, todo os demais estão proibidos com sanções que podem levar à prisão. No Marrocos, onde milhares de jovens vão às ruas denunciar que a polícia pratica detenções massivas, levar mochila, vestir à moda ocidental ou usar alguns tipos de penteados, são crimes que marcam a diferença entre dormir em casa ou no cárcere.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.