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Em Pauta

Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/12/2015 07:00
Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?

A internet nos torna mais inteligente?

Esse e o tema de um estudo da Universidade de Harvard. O nome dessa pesquisa é meio estranho: "consciência metacognitiva", significa a capacidade de as pessoas avaliarem se conseguem avaliar corretamente as coisas que as rodeiam. A pesquisa demonstrou que, quando se pede a uma categoria, estudantes de medicina, por exemplo, que avaliem seus conhecimentos de determinados tópicos que estudam, são menos rigorosos quanto a seus conhecimentos em suas especialidades. Esse é um resultado do estudo, mas há outro que também é interessante. Eles denominam de memória transitiva. Pensem em um casal de idosos recordando seu primeiro encontro. Sozinho, nenhum deles se lembra de muita coisa. Porém, se juntarmos as memórias de ambos, são capazes de criar uma memória enriquecida que é mais do que a soma dos fragmentos que cada um tinha.

A internet produz o mesmo resultado. Quando você consulta algo acaba adquirindo não apenas um novo conhecimento, mas em verdade você vai além do que pesquisou. A resposta dada por Harvard é de que sem dúvida a internet nos torna mais inteligente e, por incrível que pareça, mais inteligentes do que pensamos. Todavia somos auto-generosos, exageramos, quando se trata de nossa área de estudo ou trabalho, nesse caso, acreditamos que somos mais inteligentes do que é realidade.

Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?
Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?

É possível acreditar no fim do monopólio do seguro obrigatório para automóveis?

No mundo dos Detrans e Contran já é possível acreditar em Papai Noel. Depois do Contran acabar com a proibição dos extintores de incêndio, uma das maiores maracutaias do país apareceu vida inteligente desejando acabar com o monopólio do seguro obrigatório dos automóveis.

Brasília tem vida inteligente. É difícil acreditar, mas existem exceções em Brasília. Um deputado federal do vizinho Mato Grosso, José Medeiros, apresentou recentemente, proposta que restabelece ao proprietário do veículo o direito de livre escolha da seguradora para cobrir os danos pessoais em acidentes de trânsito, o pra lá de nebuloso DPVAT. Medeiros defende o óbvio: "Atualmente, a prestação do seguro elimina a concorrência e viola os princípios constitucionais da livre iniciativa, da livre concorrência e da defesa do consumidor". É uma vergonha nacional. Essas gordas receitas deveriam ser aplicadas exclusivamente para atender as vítimas de acidentes de trânsito que abarrotam os hospitais. Hoje, parte dos quase R$ 7 bilhões arrecadados anualmente seguem caminhos tortuosos. A maracutaia é tamanha que, apesar de obrigatório e recolhido compulsoriamente junto com o IPVA, uma parte da verba recolhida é destinada ao pagamento de corretagem dos seguros. Corretagem sobre venda obrigatória? Vexaminoso.

Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?
Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?

Estão brigando contra o Uber. O que acontecerá quando os carros autônomos entrarem em circulação?

Aparentemente a atual onda de protestos de taxistas contra o aplicativo Uber é algo grande. A crise de desemprego será muito maior em poucos anos. Quando as montadoras começarem a lançar os carros autônomos, além de taxistas, é provável que os caminhoneiros se unam contra as inovações. Taxistas e caminhoneiros só conseguirão ocupar postos de trabalho em carros e caminhões semiautônomos - que exigem algum tipo de intervenção humana. Os completamente autônomos terão de aumentar a segurança contra hackers e melhorar a precisão dos mapas digitais. Uma nova regulamentação de transportes surgirá.

Tema de um estudo em Harvard: A internet nos torna mais inteligente?
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Um jovem se suicida por dia no Paraguai.

Provavelmente é o quadro mais dramático dentre as populações da América do Sul: em média um jovem, entre 15 a 25 anos, se suicida no Paraguai. Esse dado é originário de um estudo realizado por Harvard e por uma pesquisa da Gallup. Não existem explicações sólidas para essa terrível notícia divulgada pelo conceituado jornal espanhol El País. Com uma diminuta população de apenas 6,8 milhões de habitantes, a perda de 365 jovens suicidas por ano estarrece os estudiosos.

Buscam explicações relacionadas ao vício do consumismo e a falta de esperança no futuro, mas elas não preenchem o tamanho do drama. Muitos jovens cometeriam suicídio devido à desesperança de adquirirem produtos da moda como celulares e roupas. É um exercício muito vago para explicar uma tragédia dessa envergadura. Não há crise econômica no país vizinho (o PIB cresce 4%), mas a crise social se eterniza, os pobres estão a cada dia mais pobres. As cidades começam a ter suas periferias abarrotadas por jovens egressos dos campos, fenômeno agravado pelas máquinas agrícolas que começaram a plantar nas excelentes terras daquele país. A outra tentativa de explicação estaria na alma e na língua dos paraguaios. Após a guerra contra seus vizinhos restaram apenas 15% da população e a língua guarani. Foi através da linguagem que os paraguaios se reergueram. Foi com o guarani que reencontraram sua identidade, um caso típico de sobrevivência de um povo que estava prestes a desaparecer. Pois é essa mesma língua guarani a não oferecer uma palavra para designar "amanhã". Vivem apenas do difícil presente. Mas resistem. O governo paraguaio injeta esperanças em seu povo lutando pela instalação de indústrias brasileiras e levando seus jovens a estudar na USP brasileira. A pergunta que martela na cabeça é a possibilidade de alguma conexão com o suicídio de jovens guaranis das aldeias do Mato Grosso do Sul. Algo precisa ser feito para estancar as duas tragédias.

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