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Finanças & Investimentos

Confesse: quantas vezes tentou organizar finanças?

Emanuel Steffen | 01/11/2017 12:06

Confesse: você já tentou diversas vezes começar a organizar as finanças, diminuir os gastos, aumentar as receitas, investir e etc., mas volta e meia algo acontece e você “precisa” voltar atrás, de forma com que seus planos não se concretizam. Acontece? Hum, será que todos esses empecilhos não têm um nome similar? Que tal chamá-los de autossabotagem? Você sabe o que é isso? Tendemos a ter uma série de comportamentos repetitivos durante a vida. Boa parte deles, ou talvez a maioria, realizamos de forma inconsciente. O grande problema é que eles podem nos prejudicar de maneiras bastante distintas, inclusive duradouras, o que vale para a vida financeira também.

Já falei muito sobre os diversos significados de riqueza aqui, em geral positivos, afinal, quando queremos enriquecer normalmente é por boas razões, não é mesmo? Ah, sim, também existe o outro lado da moeda, que nem sempre está claro, aparecendo de forma transparente para os nossos olhos. Vamos pensar um pouco a respeito? O que dinheiro significa na sua vida? - Conheci uma pessoa que tinha como plano de vida comprar um imóvel próprio para gerar receita passiva com aluguel, sempre pensando no futuro.

Ela ganhava razoavelmente bem, conseguia poupar certa quantia por mês, mas a cada vez que acumulava uma quantia X, alguma outra necessidade aparecia e o dinheiro “ia embora”. Depois, essa figura reclamava que tanta gente conseguia e ela não, que não adiantava ficar esperando isso ocorrer, que a sorte era de quem já nascia com dinheiro, mas que os ricos – veja bem – eram todos uns “exploradores” porque não precisavam trabalhar, viviam de renda, entre outras besteiras.

Perceba que, no fundo, no fundo, a visão de dinheiro desta pessoa trazia em sua base algo extremamente negativo: a ideia de que todo rico é explorador e não precisa trabalhar. Serei mais objetivo sobre o problema deste amigo: internamente, ainda que não estivesse se dando conta, o que ele dizia para si mesma era algo como: “Não quero ser rico, não quero parar de trabalhar, não sou como eles e não pretendo mudar isso”. E não importa se os fundamentos de uma ideia assim têm razão de ser ou não, o fato é que, como fazemos associações que muitas vezes sequer conhecemos e que em sua maioria vêm lá da infância como algo correto a se pensar, fica mais difícil ainda acertar o rumo e passar a agir de maneira diferente. Será que isso não está ocorrendo com você?

Preste atenção nos detalhes - Poderíamos falar aqui, passando das finanças para a vida a dois, de alguém que sempre reclama que está sozinho. Alguém que gostaria de se casar, ter uma família, mas no fundo sempre está com alguém que não tem esses mesmos planos. Então, quando aparece alguém legal, de acordo com o “esperado”, já começam a saltar aos olhos uma série de defeitos. Hum, espera aí, tem algo errado nesta história, não tem não? Você conhece pessoas assim? Tenho certeza que sim.

Será que também não está havendo uma autossabotagem aí? Talvez porque no fundo os conceitos de casamento que ela tem registrados não são lá tão positivos assim? Muitas vezes afirmamos uma coisa, mas pensamos outra; isso é fato. Quando inventamos desculpas, procrastinamos, não ouvimos, fazemos sempre diferente daquilo que falamos é porque algo está errado e estamos, sim, nos autossabotando. E “passar a perna” em si mesmo é algo que fazemos bem como ninguém. Somos nós mesmos que não nos permitimos chegar onde queremos, seja por medo ou por outras razões. O importante é começar a ter consciência sobre o que anda acontecendo, tentando assumir mais o controle e sendo mais diligente. Sabe aquela frase: “Se você quer fazer algo encontrará uma maneira. Se não quer, encontrará uma desculpa”? Ela vale bastante para estes casos. Quantas desculpas você anda inventando para se autossabotar?

E agora? O que fazer? - Se depois de ler até aqui você começou a pensar que, por mais esforçado e comprometido que seja, você realmente pode estar se autossabotando inconscientemente, está na hora de fazer algo. Sendo verdadeiro com você, confesso que não será fácil mudar padrões mentais que estão se repetindo há anos em sua cabeça, mas o simples fato de começar a tomar consciência deles já pode torná-lo mais atento quando resolver agir diferente daquilo que gostaria sem ao menos entender o porquê, meio no automático. Desta forma, será preciso estar mais atento a cada pensamento ou ação, e para fazer isso você precisará:

1 - Definir e planejar melhor seus objetivos - Pense e repense no que realmente quer e faça um planejamento. A cada vez que algo te levar a não cumprir este planejamento, pare e reflita se aquilo é legítimo ou pode ser uma autossabotagem.

2 - Compreenda a importância do dinheiro em um nível amplo - Já falei outras vezes sobre isso, mas sempre é bom retomar. Que tal começar a pensar – e até colocar no papel – o quanto você conseguiria melhorar sua vida e a das outras pessoas se conseguisse mais dinheiro. Substitua as ideias ruins relacionadas à ganância, egoísmo e exploração por outras melhores. Não seria ótimo poder proporcionar mais conforto à família? Ajudar um projeto social que você admira?

3 - Acredite e substitua os pensamentos relacionados à escassez - Pare de pensar e de falar sobre escassez. Não se coloque na posição de vítima nem ressalte uma possível falta de dinheiro ou de emprego, pelo contrário. Espero de verdade que você não caia na tentação de usar essas “muletas” e siga em frente utilizando a educação financeira como um porto seguro para uma vida sustentável. Se você ainda não estiver na posição financeira que gostaria, comece hoje a mudar certas atitudes e acredite que esta fase é temporária, focando no que precisa ser feito para sair dela.

Fonte: Conrado Navarro\ Dinheirama.com.br Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

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