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Manoel Afonso

Eleições 2026: maior ou menor motivação que 2024?

Por Manoel Afonso (*) | 16/05/2025 08:55

DISTANTES: A esquerda tenta, sem sucesso, aproximação com vários segmentos do Movimento Evangélico. Aliás, Lula já anunciou desejo de ações neste sentido. Mas pela postura de Silas Malafaia e de lideranças políticas evangélicas locais como os deputados Rinaldo Modesto, Antonio Vaz e Lídio Lopes essa aproximação é difícil.

NO ALVO: “...A leniência do Brasil com o criminoso é notória. Não é verdade que o Brasil prende demais. Prendemos muito pouco. A figura comum do criminoso que “já tinha passagem pela Polícia” – por tráfico, agressão, homicídio – é o índice do fracasso de nossa segurança. Se não permaneceu preso depois da primeira passagem é porque o sistema falhou...” (Joel P. da Fonseca – FSP)

REMINISCÊNCIA: Deputados federais eleitos em 1962 no MT: Wilson B. Martins (UDN), Rachid S. Derzi (UDN), João P. de Arruda (PSD), Wilson Fadul (PTB), Itrio C. da Costa (UDN), Philadelfo Garcia (PSD), Rachid Mamed (PSD) e Edson Brito (UDN). Senadores: Filinto Muller (PSD) e Vicente B. Neto ( PTB).  Derrotados: Júlio Castro Pinto e João Villas Boas.

ILEIDES MULLER: “Não tenho dúvidas que ficar sem dúvidas por um dia é, sem dúvidas, um atraso no tempo e no conhecimento; uma erosão mental, eu diria. Preciso de algo novo, anormal, que me instigue a pensar, que me acenda a curiosidade, que desafie minha inércia e me incline para a descoberta de alguma nova verdade. Diante da necessidade, vou anunciar: “Compra-se uma dúvida”. (Cadeira nº 40 da ASL)

DESILUSÃO?  Em 2024 tivemos 28,8% entre abstenções, votos nulos, brancos naquele pleito paroquial.  Mas 34 milhões de eleitores não votaram. No MS os faltosos foram 485.573 (23,89%). Exposto assim o desprestígio dos políticos e da política. O eleitor pode ter concluído que o resultado das urnas não alteraria sua vida pessoal.

UM RECADO? Se os números acima mostram o vazio motivacional mesmo em se tratando de eleições municipais, não é difícil prever um quadro pior nas eleições nacionais. É que nelas, os protagonistas - em menor número - estarão espalhados por mais municípios e sem identidade e vínculos com essas cidades em seu dia a dia.

DISCURSOS: Se não é difícil adivinhar o teor dos discursos dos futuros candidatos, é fácil também prever seus bordões reinventados para passar a mensagem de otimismo, esperança. Até a ‘inteligência artificial’ será usada na guerra do convencimento, mas o eleitor, está ‘velhaco’, vacinado contra os pomposos candidatos ‘bons de bico. ’

CONVENHAMOS! O que estaria pensando o eleitor sem vínculos, sobre a atual   movimentação política?  Ele daria antecipadamente o aval aos pretensos candidatos? E os projetos deles, seriam apenas de poder pessoal e de grupo, ou estariam de fato identificados com as aspirações do eleitor – esse sofredor pagador de boletos?

VICE IDEAL:  O debate é antigo. Mas o vice-governador José C. Barboza preenche todos os requisitos. Perfil técnico-político, currículo inatacável, cumpridor de missões, fiel ao seu grupo, além de fazer a ponte entre prefeitos/vereadores e o Governo. E mais: o governador Riedel tem por ele imensa gratidão, que aliás não tem prescrição.

CONFORTÁVEL: É a melhor definição política do Governo na atual conjuntura. Finanças em dia, ousados projetos econômicos em andamento, além de enorme base política de sustentação. Sem rodeios: não há hoje um grupo político capaz de gerar um adversário com musculatura para fazer frente a reeleição de Eduardo Riedel.

IDEALISTA:   Ex-deputado Evander Vendramini se empenhou em catalogar as leis que por várias razões se tornaram ineficazes ao longo dos anos. Ação parlamentar que exigiu esforço e conhecimento jurídico, mas que não lhe rendeu votos, passando longe da percepção do eleitorado. Mas a postura de Vendramini merece registro.

EDYL FERRAZ: Deputado estadual por Paranaíba (4 mandatos), presidiu a ALMT; deputado federal de 1966/70 e como 1º suplente ainda substituiu o deputado Emanuel Pinheiro morto a tiros no Restaurante Flutuante em Cuiabá. Edyl também foi suplente do senador Pedro Pedrossian e o primeiro presidente do Tribunal de Contas.

NOVO ROUND: Deputado Jr. Mochi joga duro contra a CCR MSVia também por ter sonegado R$ 638 milhões no balanço (da CCR MSVia) nos últimos 3 anos. Gerson Claro lembrou dos prejuízos dos municípios no imposto sobre serviços (pedágio). Mais 2 motivos para impedir que a empreiteira participe do leilão de repactuação da obra.

RETORNO: Evidente, a decisão do ministro Alexandre de Morais autorizando o retorno do conselheiro Waldir Neves ao Tribunal de Contas provocando comentários junto à opinião pública. Questiona-se a postura dúbia do ministro do STF: implacável no ‘Processo de 8 de janeiro’ e condescendente nesse caso. Enfim...é o que temos.

GIANNI NOGUEIRA: “...Temer foi o vice da Dilma, lembra a Dilma sócia do Lula, PT? E para piorar a sua biografia, que quer ser o líder do centro-direita, tentando escantear o Bolsonaro, Temer foi quem indicou o indigesto Alexandre de Moraes para ministro do STF. Então acho que não dá para encarar essa figura como líder do centro direita...”

AVANÇOS: Gianni chegou ao posto de vice-prefeita de Dourados e mostra lucidez, nessa reação às pretensões citadas de Temer. Já seu marido Rodolfo (deputado) vai bem como presidente da poderosa Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara. Ambos vão conquistando espaço político no MS.

DE VOLTA?  Na Assembleia e no Palácio do Governo não são boas as avaliações sobre a intenção do ex-deputado Edson Giroto em retornar à política.  Qual seria mesmo o seu grupo político?  Quais lideranças de peso abraçariam seu projeto? Teria chance entre os atuais pretendentes à Câmara Federal? Com a palavra o leitor.

NOTA 10: “..., Em 2025 o governo Lula conta, formalmente, com uma coalização ampla: 16 partidos e cerca de 300 deputados federais. No papel, uma base robusta. Na pratica, um castelo de areia. A sequência de derrotas no Congresso, ao menos oito no último mês, expôs o esgarçamento dessa aliança. Em vários casos, a infidelidade partiu justamente de partidos que ocupam ministérios...” (Hubert Allquéres)

AGÊNCIAS REGULADORAS:  Só protegem as grandes empresas. Aqui, Agencia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) faz o jogo da CCR MSVia na gestão da BR-163 ao fraudar balanços inclusive. Em Corumbá e Ladário, a Agência Nacional de Mineração é conivente com o falso faturamento das gigantes do setor, adulterando a quantidade de minerais extraídos e não permitindo a participação dos municípios nas aferições dos produtos extraídos e comercializados.

ENTRAVES:  As agencias são autarquias com regime especial, órgãos públicos independentes com a missão de regulamentar e fiscalizar setores específicos da economia. Em tese, deveriam garantir a qualidade dos serviços, protegendo os consumidores e promovendo a concorrência sadia. Pelos exemplos na BR-163 e nas mineradoras, não é isso que fazem.

PÉROLAS  DO RUBEM ALVES:

A saudade não quer ir para frente.

Toda alma é uma música que toca.

A vida não pode ser economizada para amanhã.

Deus existe para tranquilizar a saudade.

A esperança é uma droga alucinógena

Eu te abraço para abraçar o que me falta.

A saudade é nossa alma dizendo que quer voltar.

Ostra feliz não faz perola.

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