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Direto das Ruas

Jovens ignoram pandemia em rave com 22 horas de duração

O evento foi realizado no último sábado em chácara do bairro José Abrão, região norte de Campo Grande

Maressa Mendonça | 15/06/2020 17:56
Rave com 22 horas de duração foi realizada em chácara do bairro José Abrão (Foto: Reprodução)
Rave com 22 horas de duração foi realizada em chácara do bairro José Abrão (Foto: Reprodução)


Isolamento social passou longe de chácara localizada no bairro José Abrão, região norte de Campo Grande, no último sábado (13), quando ao menos 100 pessoas participaram de rave que teve início às 22h e só terminou às 20h do outro dia.

As imagens da festa representam o oposto do recomendado por médicos em meio ao período de pandemia do coronavírus e mostram jovens aglomerados sem nenhum tipo de proteção contra o vírus.

Uma leitora do Campo Grande News, que pediu para não ser identificada, enviou imagens do evento e contou que os convites para a festa começaram a circular em grupos do WhatsApp durante a semana, mas o local exato foi divulgado apenas no dia, horas antes do início.

A rave do sábado recebeu o nome de “Klandestine”, neologismo que faz referência ao modo como as festas têm sido organizadas neste período de pandemia: “às escondidas”.

Um dos organizadores aceitou conversar com a reportagem do Campo Grande News sobre a rave. Rycayo Materazzi, de 23 anos, disse que chegou a parar com a realização dos eventos no início da pandemia, mas começou a mudar de ideia após a reabertura do comércio.

“Toda a cidade está lotada. Os bairros, o centro. Está tudo normal. Só não vê quem não quer”, diz. “O banco está lotado, as lojas estão lotadas. Para mim está tudo normal, tirando o toque de recolher”.

Questionado se não fica preocupado com o aumento do número de casos do coronavírus em Campo Grande, são 720 confirmados  e 8 mortes até esta segunda-feira(15), ele responde que “até fica”, mas justifica a aparência de normalidade da cidade.

“Quando eu vi que Campo Grande parou eu parei também. Quando vi que estava tudo normal, voltei a fazer”, respondeu. Segundo ele, o público da rave foi bem menor do que o habitual e algumas pessoas estavam de máscara, mas a minoria. Ele não lembra de ter álcool em gel disponível.“A gente corre o risco de pegar, mas todos estamos sujeitos”, finalizou.

Denúncias sobre aglomerações podem ser feitas pelo telefone (67) 3314-9955 (Ouvidoria da Sesau) ou pelo 153 (Guarda Municipal).

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