Preocupada com má-formação no coração da filha, mãe questiona atendimento
Hospital destacou que não é referência em cardiopediatria, mas oferece suporte de qualidade
A dona de casa Elaina Cristina Soares Kelm peregrina desde 2023 em busca de um tratamento que livre a filha de 6 anos dos sintomas e os riscos relacionados à má-formação congênita no coração. Em relato enviado ao Direto das Ruas, ela questiona o atendimento recebido e pede a reavaliação do caso na instituição que acompanha a menina, o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
RESUMO
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Uma mãe de Campo Grande, Elaina Cristina Soares Kelm, busca desde 2023 um tratamento eficaz para a má-formação congênita no coração de sua filha de 6 anos, acompanhada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). A criança sofre com dores no peito, desmaios e crises que deixam seus lábios roxos, mas a mãe critica a falta de ações além do acompanhamento médico rotineiro, relatando que recebeu apenas paracetamol em uma das crises. Elaina tentou buscar uma segunda opinião em uma clínica particular, onde foi sugerido um procedimento não disponível no HRMS. Ela também pediu encaminhamento para a Santa Casa, referência em cardiopediatria, mas foi informada que não era necessário. Além disso, a mãe reclama da demora no agendamento de consultas. O hospital afirmou que não é referência na especialidade, mas destacou seu compromisso com atendimento humanizado e encaminhamentos adequados quando necessário.
A criança voltou a ter dor no peito e ficar com a boca roxa nas últimas semanas, segundo a mãe. A garota tem crises desde os três anos e chega a desmaiar em algumas delas.
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Elaina vai até o hospital quando a filha tem sintomas e quando precisa fazer os exames cardiológicos de rotina, a cada seis meses. Porém, reclama que as crises continuam surgindo e nada além do acompanhamento tem sido proposto pelos médicos. "A última vez que deu uma crise nela, passaram um paracetamol e mandaram eu ir para casa", afirma.
Dona de casa de 32 anos, ela também é mãe de um menino com deficiência. Chegou a consultar um especialista para a filha em clínica particular popular no bairro onde a família mora, o Aero Rancho, para ouvir outra opinião. A indicação do profissional foi o procedimento "dinamicista" que, de acordo com Elaina, o HRMS não disponibiliza. Ela pediu um encaminhamento para Santa Casa de Campo Grande, que é referência para cardiopediatria, mas não teria sido atendida. "Falam que não é necessário", afirma.
A mãe reclama ainda da demora no agendamento de cada consulta de rotina. "Consigo o dia para fazer exame, sei a data para pegar exame, mas não consigo um encaixe. Eu fico com minha filha sentindo dor. Pensa em como está difícil!", relata.
A reportagem falou sobre o caso da criança e questionou a assessoria de imprensa do HRMS se todos os precedimentos ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na área de cardiologia pediátrica estão disponíveis no HRMS e se as consultas estão sendo agendadas em tempo hábil. Em nota retorno, o hospital destacou que não é referência na especialidade, mas que "atua sempre com foco no atendimento humanizado e de qualidade, oferecendo aos pacientes o melhor acompanhamento possível, com o suporte de profissionais capacitados e encaminhamentos adequados sempre que necessário".
Quanto ao tempo de espera, respondeu que "as consultas são agendadas de acordo com a disponibilidade de vagas".
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