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Direto das Ruas

Sem coleta, moradores pagam carroceiros para recolher lixo

Flávio Paes/Julia Kaifanny | 30/12/2015 20:47
Carroceiro coleta o lixo. (Direto das ruas)
Carroceiro coleta o lixo. (Direto das ruas)

Os moradores da maioria dos bairros de Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, estão sem coleta de lixo há 20 dias e para se livrar do mau cheiro, além dos riscos à saúde , estão se cotizando para pagar (R$ 20,00 a viagem) carroceiros que despejam o material no lixão.

A empresa que fazia o serviço, com dois caminhões compactadores, desistiu do contrato, segundo informações, porque não vinha recebendo, acumulando crédito de R$ 300 mil junto à prefeitura.
A coleta passou a ser feita por caminhões caçamba da Secretaria de Obras. Há três semanas, a coleta ficou restrita ao centro da cidade.

Uma das regiões mais atingidas é o Bairro Santa Terezinha, o mais populoso da cidade. Segundo a professora Silvano Lopes, moradora na Rua Cipriano Gomes, a situação ficou insustentável e não houve outro jeito a não ser recorrer a um carroceiro.

"Eram tantos sacos de lixo acumulado que os moradores se unir e pagar o recolhimento do lixo", conta. A mesma indignação é manifestada pelo comerciante Ademir Carvalho, que além do lixo da sua casa, precisa dar destinação ao resíduo gerado no seu mercado.

Segundo um morador, que enviou a reclamação via WhasApp, coleta era feita três vezes por semana, a frequência caiu para um e agora o serviço foi suspenso. " Não da pra virar o ano assim . Outra e com a dengue, afinal estamos com vários casos na cidade” relatou.

Na opinião do vereador Wezer Alves Rodrigues (PROS), a situação atual é insustentável, mesmo no centro da cidade, onde a coleta continua sendo feita, com caminhões caçamba. "O serviço está sendo feito de forma incorreta. Os garis, quando carregam o caminhão, viajam sobre o lixo transportado, colocando em risco a saúde destes trabalhadores".

Ele revela que nos ultimos 7 anos foram investidos R$ 1,5 milhão num aterro sanitário que foi mal gerenciado e hoje se tornou um lixão, sem tratamento para o chorum, um material extremamente poluente. A Polícia Militar Ambiental já teria multado mais de uma vez à Prefeitura por conta dos danos ambientais.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Aquidauana mas por conta do recesso de fim de ano, não obteve nenhuma resposta.

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