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Economia

Após um mês, protesto e negociação, cliente consegue trocar geladeira

Elverson Cardozo | 20/06/2012 16:25

Revoltado, consumidor levou eletrodoméstico com alimentos estragados para a calçada da 14 de julho, em frente a Móveis Romera

Após protesto e muita negociação, consumidor conseguiu levar para casa uma geladeira nova. (Foto: Minamar Júnior)
Após protesto e muita negociação, consumidor conseguiu levar para casa uma geladeira nova. (Foto: Minamar Júnior)

Final feliz para o consumidor insatisfeito que, revoltado, colocou uma geladeira com alimentos estragados em frente à Móveis Romera, no Centro de Campo Grande. Foi a forma ele que achou para protestar contra a burocracia na troca do produto que veio com defeito de fábrica.

Após 1 mês e 12 dias e quase 48 horas depois de iniciar o protesto, Jander Cláudio Tonon, de 42 anos, finalmente conseguiu com que a fabricante substituísse o eletrodoméstico por outro novo, da mesma marca, a Continental.

A entrega do produto aconteceu no início da tarde desta quarta-feira (20), no depósito da Romera, localizado na rua 13 de maio. O transporte ficou por conta do consumidor, que fez questão de ir ao local conferir o produto.

Cliente ouve instrução de funcionário da Romera. (Foto: Minamar Júnior)
Cliente ouve instrução de funcionário da Romera. (Foto: Minamar Júnior)

Agora, depois de tudo resolvido, a “dor de cabeça” virou lição. “Isso serve para mostrar que não se deve pagar nada à vista. Se fosse a prazo tinha resolvido”, disse.

“Tem muita gente na mesma situação”, acrescentou o consumidor, relembrando que o defeito da geladeira prejudicou diretamente 18 funcionários da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), para onde o eletrodoméstico foi comprado.

A compra para o mês, no valor de R$ 500,00, foi toda perdida. Situação que motivou o protesto, após várias tentativas de contato, sem sucesso, para agendar visita de um técnico à Confederação.

É com a sensação de alívio que o responsável pelo setor financeiro da CBM, Ariel Fernandes Lima, de 30 anos, avalia o desfecho da situação. Ariel, que é estudante de Direito, diz ter conhecimentos da lei, do Código de Defesa do Consumidor e sabia sobre os direitos da empresa, mas revolveu ir até o fim com o protesto para chamar atenção sobre o desrespeito com o consumidor. “Foi um modo diferente de cobrar”, afirmou.

O protesto, declarou, serviu como aprendizado. “É o caso da gente pesquisar outros lugares que atendam de forma mais satisfatória”, disse.

O gerente da Romera, Erico Anibal afirmou que teve de envolver a fabricante para que o problema fosse revolvido. Segundo o gerente, durante toda a negociação a empresa seguiu o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor, mas para deixar o consumidor satisfeito, a Continental optou por substituir a geladeira. “Eu não critico o cliente e deixei claro que a todo momento a gente iria resolver”, afirmou.

Protesto na tarde de segunda-feira chamou atenção de quem passou pela 14 de julho. (Foto: Simão Nogueira)
Protesto na tarde de segunda-feira chamou atenção de quem passou pela 14 de julho. (Foto: Simão Nogueira)

Protesto - A geladeira - da marca Continental, Frost Free, com capacidade para 403 litros -, custou R$ 1.490,00 e foi pago à vista, junto com outros móveis comprados na mesma rede. O valor total chegou a quase R$ 5 mil.

O eletrodoméstico apresentou problemas no segundo dia de uso. Não gelava. Um técnico chegou a ir até a empresa, mas o defeito persistiu. Depois disso, o gerente da CBM relata não ter conseguido mais falar com a Romera e nem agendar uma nova visita do técnico.

Foi então que resolveu ir, na segunda-feira (18), em frente à loja, na rua 14 de julho, expor o problema a todos que passassem. Os cartazes colados nas laterais do equipamento, que guardava alimentos estragados, pediam a presença da assistência técnica.

“Móveis Romera, estamos esperando a assistência de vocês”, dizia um dos anúncios.

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