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Economia

Aumento de luz, combustível e dólar encarecem o preço do pão em até 15%

Caroline Maldonado | 25/02/2015 16:50
Preço já subiu até 15%, em Mato Grosso do Sul, segundo o Sindepan (Foto: Marcelo Victor)
Preço já subiu até 15%, em Mato Grosso do Sul, segundo o Sindepan (Foto: Marcelo Victor)

Reajustes da energia, dos combustíveis e alta do dólar vêm encarecendo o pão francês e o preço já subiu até 15%, em Mato Grosso do Sul, segundo o Sindepan (Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de MS). O dólar influencia, porque o Estado está importando dos Estados Unidos e não mais da Argentina, desde o ano passado, de acordo com o presidente do Sindepan, Marcelo Alves Barbosa.

“A produção da Argentina teve alguns problemas e, com a alta da moeda norte-americana, o produto ficou muito mais caro. Porém, o índice de reajuste do pão francês levou em consideração todos os fatores já citados (energia, combustíveis e dólar)”, explicou.

Não é por isso, acredita Marcelo, que os sul-mato-grossenses vão deixar de comprar pão ou reduzir o consumo drasticamente. “Em um primeiro momento, devemos ter uma pequena retração nas vendas, mas, com o passar do tempo, o consumidor volta a comprar, já que se trata de um dos principais itens do café da manhã do brasileiro e, com relação a outros produtos que também tiveram reajuste, a alta não está entre as mais salgadas”, comentou.

Gerente da Pão e Tal conta que alguns concorrentes já elevaram preço (Foto: Alcides Neto)
Gerente da Pão e Tal conta que alguns concorrentes já elevaram preço (Foto: Alcides Neto)
Bolos, tortas e outros derivados de trigo também devem ter alta no preço (Foto: Alcides Neto)
Bolos, tortas e outros derivados de trigo também devem ter alta no preço (Foto: Alcides Neto)

Preços - Mesmo sabendo que o pão é, e sempre será, o favorito das refeições matinais, algumas padarias preferem não arriscar e segurar os preços pelo menos por agora. Na padaria Casa dos Pães, no bairro Maria Aparecida Pedrossian, o quilo sai por R$ 5,99. O proprietário, Ricardo Nascimento, diz que 70% dos clientes pesquisam e só compram se o preço estiver bom.

“Eu acho melhor diminuir a margem de lucro para continuar vendendo bem. Além disso, vejo que muita gente está aproveitando essa questão de alta de energia e combustível para 'superfaturar', ou seja, aumentar o lucro”, avalia Ricardo.

No Jardim Panorama, o mercado São João, compra os pães congelados. O proprietário, Vanderson Ramos Ribeiro, conta que o fornecedor não aumentou o preço ainda, mas já avisou que vai ter reajuste daqui alguns dias. O jeito vai ser subir um pouco o preço do quilo que está R$ 6,99. “Já temos o aumento da energia e dos combustíveis, então vamos ter que repassar para o cliente, não tem outro jeito”, adiantou Vanderson.

Dentre as padarias que, normalmente, têm preço mais elevado, o reajuste já veio. O gerente da Pão e Tal, Adriano Amorim, conta que alguns concorrentes já aumentaram o preço.

“Nós conversamos com as outras panificadoras e vamos reajustar de acordo com os valores deles. Amanhã o preço do quilo passa de R$ 12,30 para R$ 12,90. A lata do trigo está impactando muito, mas o que mais pesa é a energia. Temos que repassar e mais tarde, os preços dos produtos derivados que temos vão subir também”, revela, ao estimar alta de até 5% no valor de bolos, tortas e outros.

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