ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 21º

Economia

Balanço do governo mostra superavit, mas aumento de gasto com pessoal

Priscilla Peres | 30/11/2016 11:57
Governador tem adotado medidas ao longo do ano para economizar. (Foto: Marina Pacheco)
Governador tem adotado medidas ao longo do ano para economizar. (Foto: Marina Pacheco)

O governo do Estado fechou os primeiros dez meses de 2016 com saldo em caixa de R$ 1,424 bilhão, provavelmente com a ajuda da economia gerada com o congelamento da dívida com a União. Porém, nesse mesmo período, os gastos com pessoal cresceram 40%.

O governo esperava gastar R$ 5,2 bilhões com a folha de pessoal, mas elevou o montante para R$ 7,3 bilhões e até outubro, já tinha gasto R$ 5,4 bilhões, o que representa 75% do previsto para o ano. Os dados são do relatório orçamentário publicado hoje.

A alteração impactou na previsão de despesas para o ano, que cresceu 7,1%, passando de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,8 bilhões. Sendo que até outubro, o governo estadual já havia pago R$ 8,562 bilhões em despesas, o que significa 62% do total.

O problema é que nesse período as receitas não acompanharam a alta das despesas, subindo apenas 1,64% ao longo do ano. O governo do Estado previu arrecadar R$ 12,8 bilhões em 2016, mas atualizou a previsão para R$ 13 bilhões. Até outubro já tinha arrecadado R$ R$ 8,5 bilhões, o que representa 65% do total, mas ainda faltam R$ 4,5 bilhões.

Porém, o governo terminou outubro com R$ 1,424 bilhão em caixa, provavelmente com a ajuda dos gastos com a dívida que caíram pela metade este ano. A dívida consolidada com a União está em R$ 8,2 bilhões, mas dos R$ 698 milhões que iria gastar para amortizar o valor, pagou apenas R$ 349 milhões ao governo federal.

A economia acontece graças as negociações com o governo federal que congelaram o pagamento da dívida no segundo semestre deste ano. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), desde o início de seu mandato, tem batido na tecla de que é preciso uma alternativa para a dívida, dando mais fluxo as finanças.

A dotação prevista com investimentos cresceu 19,8% no ano, passando de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,7 bilhão. Porém, dos R$ 995 milhões empenhados até novembro, o governo só pagou R$ 576 milhões. O que significa que ainda falta R$ 1,147 bilhão para serem gastos.

Nos siga no Google Notícias