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Economia

Com preço baixo e cliente fiel, bairro não vê crise e comemora vendas

Loja renovou estoque três vezes apenas neste mês e salão de cabeleireiro está com agenda fechada até o final do ano desde novembro

Elci Holsback | 21/12/2016 14:12
Loja aumentou vendas em 100% neste final de ano (Foto: Alcides Neto)
Loja aumentou vendas em 100% neste final de ano (Foto: Alcides Neto)

Enquanto empresários do Centro reclamam das vendas baixas no Natal, em bairros de Campo Grande não existe a palavra crise. Com preços baixos e clientes fiéis, uma loja de roupas localizada no bairro Guanandi, viu as vendas cresceram 100% neste fim de ano.

As encomendas de roupas para as festas de final de ano, fizeram a proprietária da 'Doce Menina', Jéssica Ruiz repor o estoque três vezes apenas neste mês. "Só não faço mais uma viagem porque não há mais ônibus disponível, mas tudo o que eu trago vende rápido, não encalha produto", conta a empresária que somente neste mês já vendeu mais de mil peças de roupas.

Com peças vendidas entre R$ 10 e R$ 140, a maior parcela do público da loja é do próprio bairro. Preço, comodidade e atendimento são apontados como determinante para a escolha da compra próxima de casa. "Compensa mais comprar aqui, é perto de casa, conheço a dona da loja e as roupas são boas. Não compensa ir até as lojas do centro para comprar", conta a dona de casa, Patrícia Vieira.

A empresária acredita que a proximidade com as clientes mantém a fidelidade do público e equilíbrio nas vendas. "Conheço a maioria delas, trago encomendas e sei o perfil da cliente", relata Jéssica, que para atender a demanda do período, mantém a loja aberta até às 20h.

Cabeleireira trabalhou na área central, mas preferiu voltar para o bairro (Foto: Alcides Neto)
Cabeleireira trabalhou na área central, mas preferiu voltar para o bairro (Foto: Alcides Neto)

Localizada há sete anos também no bairro Guanandi, a Márcia Conveniências também mantém público fiel e a proprietária, Márcia Rosângela, manter um comércio no bairro é vantajoso. "Apesar do ano difícil, não posso reclamar. Sem manter segmento, a variedade atrai o público, que encontra tudo perto de casa. Agora, com o 13°, o movimento está melhorando", relata Márcia que no local, vende de salgados a utensílios para casa.

Com agenda fechada até o final do ano, a cabeleireira Josyane Motta diz que não pode reclamar de falta de trabalho, pois, conta com mais de 40 clientes fixas no bairro Aero Rancho, onde mora e trabalha. "Vejo comerciantes falando de crise, mas eu não senti isso, o movimento nunca caiu e desde novembro a agenda do final do ano está fechada. O único momento que percebo a diferença no lucro é quando compro os materiais para o salão, que subiram bastante", conta Josyane.

Com o período de festas, a procura por atendimento aumenta a cabeleireira está atendendo até aos domingos. "O movimento está muito grande no período, tanto que vou ter que contratar cabeleireira e manicure para me ajudar", relata.  

A cabeleireira conta que arriscou trabalhar na área central, mas após seis meses, voltou para o bairro. "Eu já tinha público consolidado e foi ruim para mim e para elas me distanciar, por isso voltei. Desde então não fiquei um dia parada", relata.

Com a facilidade de comprar tudo perto de casa, a recreadora Silvaneti Leite diz encontrar tudo o que precisa no bairro Aero Rancho, onde mora. "Aqui tudo é perto, temos as mesmas opções do que vende no centro e com comodidade. Ir ao centro só para passeio mesmo", comenta.

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