De empréstimo da sogra a rede de lojas, casal venceu com sofá e parceria
No podcast Virada de Chave, Souza e Aline contam como construíram uma empresa que agora chega ao Pará
Quando pediu demissão das Lojas Pernambucanas, após anos de trabalho, Evanderson de Souza não tinha capital, investidores, nem plano de negócios. Mas contava com apoio da esposa e a fundamental parceria financeira da sogra. Era tudo ou nada! E deu certo.
A trajetória do casal Souza e Aline agora está registrada no Podcast Virada de Chave, onde os dois compartilham os bastidores de um negócio real, com desafios, aprendizados e decisões difíceis, mas também com muito chão firme, olho no olho e disposição para continuar crescendo sem perder a essência.
Com R$ 12 mil emprestados, pagos em 12 cheques, a ideia de vender "conforto" ganhou forma em uma portinha no Bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. No letreiro da primeira fachada, o nome "GN Móveis" já indicava que a força da marca vem da família: G de Geovana e N de Nayara, inicias dos nomes as duas filhas mais velhas de Souza e de Aline.
Sem vitrine elaborada ou grande campanhas de marketing, o casal vendia móveis variados e fazia negócio até em troca de Tupperware. Quem chegasse da vizinhança era recebido com uma estratégia que virou o slogan da rede: "Vem que dá negócio!". O foco era fazer girar, manter o fluxo e aprender com cada venda.
Com o tempo, os dois perceberam que os sofás retráteis e reclináveis eram o que todo mundo desejava. Acertaram no alvo e viraram referência no segmento. Tanto, que a segunda marca seguiu o mesmo caminho e a "Gigi Colchões" saiu da sala, para ocupar o quarto do campo-grandense.
Com fornecedores cada vez mais tecnológicos, a empresa encheu o estoque de peças de qualidade e preço bem "pé no chão", além de ter promoções como rotina e parcelamento a perder de vista.
Em 11 anos como empreendedores, o casal teve unidades físicas em diferentes bairros da cidade, da periferia ao centro, inclusive em shopping, e este ano está pronto para abrir as portas em outros dois pontos e diz que não imaginava chegar tão longe. Recentemente, expandiram para Santarém, no Pará.
Mas o crescimento não veio rápido nem fácil. Foram muitos erros, improvisos e a imprevistos históricos, como a pandemia de covid-19 em 2020. Naquela época, com 4 lojas na cidade (Calógeras, 13 de Maio, Mascarenhas de Moraes e Shopping Bosque dos Ipês), nem a máscara tirou a energia.
Quando o comércio sentiu o baque e muitos empresários fecharam as portas, a rede reavaliou estratégias e manteve a equipe. De novo, o apoio familiar salvou o negócio. A começar pela sintonia do casal, que impressiona.
Simples, diretos e visivelmente parceiros, falam um do outro com respeito e brilho nos olhos. Um acredita quando o outro duvida. Essa cumplicidade é, para eles, a base de tudo que construíram. Na prática, a história de Souza e Aline é sobre mais do que vender móveis. É sobre acreditar, arriscar, dividir, crescer junto. Uma história que já não cabe em vitrine.