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Economia

De folga, consumidores lotam Centro, mas com cautela na hora das compras

Vendedora de loja de roupas acredita que movimento deve ser ainda maior na véspera de Natal já que "brasileiro deixa tudo para a última hora"

Guilherme Henri e Bruna Pasche | 22/12/2018 13:04
Consumidores lotam travessia de cruzamento do Centro neste sábado (Foto: Kísie Ainoã)
Consumidores lotam travessia de cruzamento do Centro neste sábado (Foto: Kísie Ainoã)

Com um tempinho a mais na agenda seja pelo recesso ou mesmo do fim de semana, o campo-grandense lotou o Centro neste sábado (22). Porém, é visível a cena de calçadas mais lotadas do que as lojas, o que comprova a teoria da gerente de uma loja de roupas, de que mesmo as vésperas do Natal o consumidor está mais cauteloso e pesquisando bastante antes de comprar.

Além disso, a segunda parcela do décimo terceiro - paga ao trabalhador no dia 20 deste mês - também parece não ter influenciado muito no movimento, já que a maioria dos entrevistados disseram que os gastos pela festas já estavam previstos sem o adicional trabalhista.

É o que conta José Roberto Martins, que tirou um tempinho do sábado para pesquisar preços no Centro. Ele disse que já passou por três lojas em busca de bons preços em produtos aleatórios, porém nada o “fisgou” ainda. “Estou desapontado. Esperava mais promoções”, disse.

Margarida Pramujas e a neta (Foto: Kísie Ainoã)
Margarida Pramujas e a neta (Foto: Kísie Ainoã)
José Roberto Martins (Foto: Kísie Ainoã)
José Roberto Martins (Foto: Kísie Ainoã)

Enquanto isso, a pedagoga, Margarida Pramujas, 58 anos, aproveitou o recesso para ir as compras com a neta. Ela vai a praia no ano novo e aproveitou para buscar alguns itens de que vai precisar para a viagem. “O objetivo é comprar um biquíni para ela [neta]”, disse.

Já a vendedora Franciele Martinez, 28 anos, afirma que como boa brasileira deixou tudo para a última hora. “Estava sem tempo mesmo, com o trabalho e outras tarefas. Só hoje consegui me organizar na folga para pesquisar preços e ver o que é mais vantajoso comprar”, detalha.

Opinião compartilhada pela engenheira de produção, Gabrielle Rosa, 23 anos, que está no Centro em busca de presentes para ela. “Estou olhando vitrines em busca de roupas. Entrei de férias e aproveitei esse tempo de hoje para me presentear”, diz.

Movimento é maior nas calçadas do que dentro das lojas (Foto: Kísie Ainoã)
Movimento é maior nas calçadas do que dentro das lojas (Foto: Kísie Ainoã)

Movimento – Para a gerente de uma loja de roupas e acessórios, Renata Ferreira, o movimento no Centro aumentou há duas semanas, porém nesta o fluxo de consumidores se intensificou sensitivamente.

“Percebemos que os picos de movimento durante a semana são na hora do almoço e fim da tarde, ou seja, quando o consumidor tem um folguinha do trabalho, o que reforça nossa teoria que o campo-grandense anda mais sem tempo do que sem dinheiro”, destaca.

Enquanto isso, a vendedora de outra loja de roupas, Karoline Santana, afirma que o aumento no Centro deste ano é até 40% maior do que no mesmo período do ano passado.

“É sempre assim, nos dias antes do Natal as vendas aumentam muito, pelo velo costume do consumir de deixar tudo para a última hora”, destaca.

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