Dólar cai para R$ 5,44 após Trump prorrogar tarifas sobre importações
Moeda caiu 0,59% nesta terça-feira. Ibovespa também recuou com temor de novos tarifaços dos EUA
O dólar à vista caiu nesta terça-feira (8) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), prorrogar o início das tarifas sobre importações para agosto. A moeda americana fechou em baixa de 0,59%, cotada a R$ 5,445. A queda ocorreu durante negociações na B3, em São Paulo, por causa do alívio momentâneo nas tensões comerciais.
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Trump adiou o "tarifaço" para ampliar o prazo de negociação com parceiros comerciais. As novas tarifas atingem produtos importados de mais de 180 países, com alíquotas entre 25% e 40%, e começam a valer em 1º de agosto.
Apesar do adiamento, o presidente dos EUA enviou cartas nesta segunda-feira (7) a líderes de 14 países para avisar sobre as tarifas. O republicano também ameaçou o Brics, afirmando que os países do bloco terão uma tarifa de 10% em breve.
As ameaças preocupam investidores porque podem aumentar preços ao consumidor e custos de produção. Essa pressão sobre a inflação tende a dificultar a redução de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano).
O Ibovespa também caiu nesta terça-feira. O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,13%, aos 139.303 pontos, refletindo o receio dos investidores sobre os impactos da política tarifária de Trump.
No acumulado do ano, o dólar registra queda de 11,88%. Já o Ibovespa acumula alta de 15,81% no mesmo período. Analistas esperam mais volatilidade no mercado nos próximos dias, devido à falta de indicadores econômicos relevantes e às incertezas sobre as tarifas.
Trump afirmou que as medidas são uma demonstração de força dos Estados Unidos. Líderes europeus, asiáticos e do Brics criticaram as tarifas, classificando-as como instrumento de coerção. A União Europeia tenta negociar para evitar sobretaxas em setores como agricultura e tecnologia.
O governo brasileiro também reagiu. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que os países do Brics são soberanos e não aceitam intromissão. As discussões continuam sem definição sobre possíveis retaliações aos Estados Unidos.
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