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Economia

Dólar dispara a R$ 5,50 com ameaça de Trump de tarifas contra o Brasil

A alta é de 1,06 % no mercado à vista.

Por Ângela Kempfer | 09/07/2025 18:02
Dólar dispara a R$ 5,50 com ameaça de Trump de tarifas contra o Brasil

O real teve uma das piores sessões do ano nesta quarta-feira (9) e encerrou o dia cotado a R$ 5,503, alta de 1,06 % no mercado à vista. A virada de humor veio depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer a repórteres que vai impor uma tarifa de 50 % sobre produtos brasileiros, decisão que disse estar “relacionada” ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

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O dólar registrou forte alta nesta quarta-feira, atingindo R$ 5,503, após declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre imposição de tarifa de 50% em produtos brasileiros. A medida estaria relacionada ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.A moeda brasileira liderou as perdas globais, chegando a recuar 2,11% nos mercados internacionais. O anúncio inesperado da Casa Branca gerou instabilidade no mercado cambial, provocando aumento na procura por proteção em dólar. Analistas aguardam a formalização da medida para avaliar impactos no fluxo comercial.

Logo após a declaração, o real passou a liderar as perdas globais: segundo a agência AFP, a moeda brasileira chegou a recuar 2,11 % frente ao dólar nos mercados internacionais, sendo negociada a R$ 5,56 por unidade, pior desempenho entre as 31 divisas mais líquidas monitoradas pela Bloomberg. A escalada completou um movimento que, desde o início do pregão, já combinava expectativa por novas barreiras comerciais com a cautela típica de véspera de divulgações econômicas nos EUA.

Operadores relatam que a ordem vinda da Casa Branca pegou o mercado cambial desprevenido, pois até então as discussões de tarifa estavam concentradas em países de menor peso comercial.

Com o Brasil no alvo, o risco de novas retaliações aumentou a procura por proteção em dólar, elevando contratos futuros e pressionando as cotações no mercado à vista. Alguns gestores ressaltam que, mesmo sem detalhes sobre o escopo da medida, o simples anúncio foi suficiente para disparar algoritmos de venda de real e compra de dólar.

No fim da tarde, a cobertura de posições reduziu ligeiramente as perdas, mas não mudou o quadro de forte desvalorização: o real foi a moeda que mais caiu no dia entre os emergentes e superou o peso argentino, tradicional lanterna do ranking, em termos de fraqueza relativa. Analistas agora aguardam a formalização da tarifa para calibrar cenários de fluxo comercial e projetação de câmbio; até lá, esperam volatilidade elevada e resposta imediata do Banco Central caso o dólar volte a cravar novas máximas acima de R$ 5,50.

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