Dólar recua a R$ 5,49 após revogação de alta do IOF; Ibovespa sobe 0,99%
No mesmo dia, o Ibovespa subiu 0,99% e retomou os 137 mil pontos
O dólar comercial caiu 1,02% e fechou esta quinta-feira (26) cotado a R$ 5,49, no menor valor desde outubro. A queda foi puxada pela revogação, no Congresso Nacional, do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A prévia da inflação abaixo do previsto e o alívio no cenário internacional também ajudaram a reduzir a pressão sobre a moeda americana. No mesmo dia, o Ibovespa subiu 0,99% e retomou os 137 mil pontos.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A moeda iniciou o dia estável, mas passou a cair ainda nos primeiros minutos de negociação. Na mínima, chegou a R$ 5,4912. No acumulado de junho, o dólar recua 3,88%. Desde o início do ano, a queda é de 11,01%.
A queda no câmbio ocorreu um dia após a Câmara dos Deputados aprovar, por 383 votos a 98, a anulação do decreto presidencial que aumentava a alíquota do IOF sobre crédito, câmbio e seguros. O Senado confirmou a decisão poucas horas depois. A medida foi bem recebida por investidores, apesar da estimativa de perda de até R$ 12 bilhões na arrecadação federal neste ano, segundo a Receita.
Para o mercado financeiro, a derrubada do aumento do IOF pode forçar o governo a rever gastos e bloquear parte do orçamento. A avaliação predominante é que a resistência do Congresso ao aumento de tributos pode reforçar o controle fiscal no segundo semestre.
Outro fator que influenciou o mercado foi o IPCA-15, prévia da inflação oficial, que subiu 0,26% em junho. O número veio abaixo das projeções e foi puxado pela primeira queda no grupo de alimentação e bebidas em nove meses. A desaceleração elevou as apostas de corte na taxa básica de juros, a Selic, ainda neste ano.
No exterior, a trégua entre Irã e Israel entrou no terceiro dia e ajudou a acalmar os mercados. Nos Estados Unidos, dados econômicos apontaram enfraquecimento da atividade. O PIB do primeiro trimestre foi revisado para baixo, com queda de 0,5%, enquanto os pedidos contínuos de seguro-desemprego subiram ao maior nível desde 2021. O cenário aumentou a chance de o Federal Reserve cortar os juros antes do fim do ano.
A bolsa brasileira acompanhou o movimento de alívio e fechou em alta de 0,99%, aos 137.114 pontos. O Ibovespa devolveu as perdas da véspera e acumula avanço de 13,99% no ano.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.
