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Economia

Dólar sobe para R$ 5,66 e bolsa recua com bloqueio no orçamento

Ibovespa chegou a subir 0,69%, mas perdeu força com a piora na percepção de risco fiscal

Por Gustavo Bonotto | 22/05/2025 18:57
Dólar sobe para R$ 5,66 e bolsa recua com bloqueio no orçamento
Cédulas de US$ 100, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista subiu para R$ 5,66 nesta quinta-feira (22) após o governo federal anunciar o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025 e mudanças na cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que aumentam a carga sobre grandes empresas. A instabilidade nas medidas fez a moeda inverter a tendência de queda do início do dia e subir 0,32% ao fim do pregão, enquanto o índice Ibovespa caiu 0,44%, aos 132.273 pontos.

No mercado de ações, o Ibovespa chegou a subir 0,69%, mas perdeu força com a piora na percepção de risco fiscal. Apesar da queda desta quinta, o índice acumula alta de 1,63% em maio e de 14,12% no ano.

A alta do dólar ocorreu no momento em que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) detalhavam o congelamento de despesas para conter o déficit público e cumprir a meta fiscal. A proposta de ajuste inclui padronização de alíquotas e elevação do IOF, com previsão de arrecadação extra de R$ 20,5 bilhões ainda este ano.

Durante a tarde, o mercado financeiro respondeu com cautela às informações desencontradas sobre a possibilidade de taxação de remessas internacionais. Rumores não confirmados levaram investidores a enviar dólares para o exterior. O ministro Haddad negou ao vivo a criação de um novo tributo sobre essas transações, o que reduziu parte da pressão cambial no fim do dia.

No cenário internacional, o mercado acompanhou a aprovação na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos de um projeto para corte de impostos proposto pelo presidente Donald Trump (Republicano). A medida pode elevar a dívida pública americana em US$ 3,8 trilhões na próxima década, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso.

A decisão, somada à recente piora na classificação de crédito do país pela Moody’s, aumentou a aversão ao risco global.

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