ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 19º

Economia

Em 5 anos, governo planeja recuperar dois milhões de pastagens degradadas

Renata Volpe Haddad | 19/02/2016 16:56
De 16 milhões de hectares de pastagens em MS, oito milhões estão degradadas. (Foto: Sepaf)
De 16 milhões de hectares de pastagens em MS, oito milhões estão degradadas. (Foto: Sepaf)

Mato Grosso do Sul tem oito milhões de hectares de pastagens com algum grau de degradação. Destes, o governo estadual, através da Sepaf (Secretaria de Produção e Agricultura Familiar) pretende recuperar dois milhões de hectares em cinco anos.

Isso poderá ser feito através de um programa que visa recuperar o potencial produtivo do solo e deve gerar até nove mil empregos.

Fundamentado em renúncia fiscal, o programa prevê o aumento da capacidade de suporte das pastagens, impactos econômicos como o incremento da produção de grãos, carne bovina, cana de açúcar e madeira e a elevação do valor bruto de produção, que poderá chegar aos R$ 12 bilhões.

Outra meta é a incorporação ao sistema produtivo agropecuário de práticas ambientalmente corretas.

Conforme o secretário de Produção e Agricultura Familiar do Estado, Fernando Mendes Lamas, a previsão é de que nove mil novos empregos sejam criados, considerando-se que além do trabalho de recuperação, o governo pretende incentivar o produtor a manter essas áreas recuperadas, com melhor nível de produtividade conquistado através do programa.

Com o programa, vão ser gerados nove mil empregos em cinco anos. (Foto: Sepaf)
Com o programa, vão ser gerados nove mil empregos em cinco anos. (Foto: Sepaf)

Mato Grosso do Sul possui 16 milhões de hectares sendo cultivados com pastagem e a economia do Estado é baseada no agronegócio. De acordo com o secretário, é fundamental que o governo mantenha discussões permanentes sobre o tema, com envolvimento de federação, associações, cooperativas, sindicatos, empresas de pesquisa, Governo Federal, prefeituras e instituições financeiras.

Contribuição e benefícios - Neste programa, o governo estadual fica responsável pela gestão e entra com o incentivo. Aos parceiros, cabe dar suporte para que as metas sejam cumpridas e disponibilizar tecnologias, seja com trabalho de divulgação junto aos produtores ou através de ações transversais que venham a convergir com os propósitos do programa.

Além de buscar a incorporação ao sistema produtivo, de áreas com reduzida capacidade produtiva, a iniciativa prevê o aumento da produção de alimentos, fibras, energia e produtos florestais e a ampliação da renda nos vários elos da cadeia.

O programa deverá ser lançado em março e conta com a mobilização e capacitação de produtores e técnicos para elaboração e execução dos projetos, viabilizados por meio de financiamentos e incentivos fiscais, com especial atenção para infraestrutura e logística.

Após as fortes chuvas que caíram em Mato Grosso do Sul nos últimos meses, o Estado está sendo mapeado. "Já estamos focados na adequação de estradas e pontes e devemos intensificar as ações para instalação e ampliação de armazéns” afirmou Lamas.

O secretário destaca ainda que uma dos efeitos do programa serão os ganhos em relação ao meio ambiente e a sustentabilidade, uma vez que há previsão de reduzir a emissão de gases de efeito estufa na ordem de 20,5 milhões de toneladas nos cinco anos propostos.

Isso porque as práticas a serem inseridas já têm resultado comprovado nos campos europeus, onde uma arroba de boi mantido em pastagem degradada custa em média R$ 120 e uma arroba de boi mantido em pastagem recuperada custa pouco mais R$ 50.

Nos siga no Google Notícias