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Economia

Em 8 anos, vida pagando aluguel cresce 54% em MS

Com 270 mil imóveis nessa condição, aluguel já é realidade para 1 em cada 4 famílias no Estado

Por Kamila Alcântara | 22/08/2025 15:56
Em 8 anos, vida pagando aluguel cresce 54% em MS
Em um cruzamento do Bairro Coophafé, em Campo Grande, dois imóveis com placas de "aluga-se" (Foto: Osmar Veiga)

O aluguel se consolidou como a segunda maior forma de moradia em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (22). Dos 1 milhão de domicílios particulares permanentes no Estado, 26,4% (270 mil) estão alugados, número que só fica atrás dos próprios já pagos, que somam 51,6%.

RESUMO

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O número de domicílios alugados em Mato Grosso do Sul cresceu 54,3% em oito anos, passando de 175 mil em 2016 para 270 mil em 2024, conforme dados do IBGE. O aluguel representa 26,4% das moradias no estado, ficando atrás apenas dos imóveis próprios quitados, que somam 51,6% do total. Em Campo Grande, os preços dos aluguéis seguem em alta. Segundo o Índice FipeZAP, o valor médio do metro quadrado atingiu R$ 37,39 em junho, com valorização de 12,69% em 2025. O bairro Tiradentes registrou o maior aumento nos últimos 12 meses, com 33,2%.

Esse levantamento mostra que os imóveis próprios ainda em financiamento representam 9,8% do total, enquanto 11,8% das residências são cedidas e 0,4% estão em outras condições, como invasões.

Apesar do avanço dos aluguéis, a única categoria que registrou crescimento de 2023 para 2024 foi a dos imóveis já quitados, com alta de 2,7%, o que representa 29 mil novos. A modalidade cedida caiu 1,6%, com 16 mil casos a menos.

Nos últimos oito anos, a tendência também chama atenção: o número de casas alugadas saltou de 175 mil em 2016 para 270 mil em 2024, uma alta de 54,3%. No mesmo período, os imóveis quitados perderam espaço, recuando de 59,4% para 51,6% do total.

Impacto no bolso - Enquanto aumenta a fatia de famílias que vivem de aluguel, os preços seguem em alta, especialmente na Capital. O Índice FipeZAP mostrou que, em Campo Grande, o valor médio do metro quadrado atingiu R$ 37,39 em junho, após alta de 0,42% no mês. No acumulado de 2025, a valorização já chega a 12,69%.

Entre os bairros mais representativos, o Tiradentes liderou as altas dos últimos 12 meses, com avanço de 33,2%, chegando a R$ 34,20/m². Também tiveram valorização São Francisco (R$ 35,40/m², +5,4%) e Jardim dos Estados (R$ 91,00/m², estável). Outros bairros, como Pioneiros e Rita Vieira, registraram queda ou estabilidade nos preços.

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