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Economia

Em clima de desconfiança, lojas abrem contratações temporárias

Segundo levantamento da CDL, houve uma queda de 20% nas contratações em relação a 2017

Bruna Pasche | 05/12/2018 08:49
Cartazes e plaquinhas de contratação são tímidas, mas lojas estão recolhendo currículos. (Foto: Marina Pacheco).
Cartazes e plaquinhas de contratação são tímidas, mas lojas estão recolhendo currículos. (Foto: Marina Pacheco).

Esperada por muitos desempregados para tirar renda extra, as contratações temporárias de final de ano diminuíram em 20% em 2018. No entanto, mesmo com o retrocesso e medo em relação ao fluxo de compras, lojas do centro já começaram a abrir as portas para novos funcionários.

Ainda com esperança, os lojistas esperam que o 13°, o quinto dia útil e as datas comemorativas de final de ano aqueçam a economia de um ano não tão bom para os empresários. A gerente de loja Katielli Batista Pereira, conta que a esperança na melhora das vendas são as bonificações que os trabalhadores recebem no final do ano, por isso, mesmo sem expectativas claras, abriram para contratação.

“Nós abrimos três vagas desde novembro para começar agora em dezembro, já que esperamos  aumento no fluxo de vendas, pelo menos no de clientes ainda mais agora com o décimo e as comemorações. Mas a ideia é que com o aumento de vendas, alguém destes temporários também seja efetivado”.

Uma outra gerente, que não quis se identificar, informou que as contratações na loja de sapatos e bolsas também começaram no mês passado. “Nós abrimos sete vagas no mês passado e já temos algumas pessoas trabalhando, a ideia é que fiquem até janeiro, época que a gente espera um aumento nas vendas que é o que acontece normalmente todo ao. A expectativa é que venda mais que o ano passado ou pelo menos a mesma coisa”, disse.

Segundo o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, as contratações este ano estão mais lentas que do ano passado, já que os lojistas não estão tão confiantes nas vendas. “Nós consultamos cerca de 50 empresas que normalmente fazem essas contratações e percebemos uma queda de 20% este ano. As lojas estão contratando, mas não com tanta expectativa como de costume”, pontuou.

Com cinco vagas abertas para temporários, Maria Vieira, espera que as vendas na loja que gerencia subam o mínimo que seja já que o ano castigou os comerciantes.

Expectativa é que 13° e datas festivas aqueçam as compras de final de ano. (Foto: Marina Pacheco)
Expectativa é que 13° e datas festivas aqueçam as compras de final de ano. (Foto: Marina Pacheco)

Já o supervisor Marcos Estevez, está confiante no aumento das vendas. Ele conta que foram abertas e já preenchidas 11 vagas para as seis lojas do centro da cidade, além de quatro vagas em Dourados. “Nós calculamos um aumento de 5% nas vendas deste ano, com isso há sempre a chance de que esses funcionários sejam efetivados”.

A ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) divulgou que a expectativa é que fossem geradas cerca de mil vagas no comércio na Capital com um aumento de até 2% no volume de vendas em relação ao ano passado.

O presidente da ACICG completou dizendo que há expectativa de aumento nas vendas porque “economia está mais consolidada do que em 2017”. “E tem a onda política positiva, isso faz as pessoas a consumirem mais nesta época”.

Conforme levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços, Turismo do Estado), Mato Grosso do Sul deve gerar 5,125 mil empregos temporários neste fim de ano. O número é 2,5% maior que em 2016 e leva em consideração com comerciantes do centro e de shoppings de Campo Grande.

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