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Economia

Estudo aponta investimento de R$ 1,9 bi para viabilizar malha ferroviária

Renata Volpe Haddad | 14/09/2015 14:06
Bancada federal e deputados estaduais se reuniram com Reinaldo Azambuja, para entregar estudo de viabilidade econômica da ferrovia. (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)
Bancada federal e deputados estaduais se reuniram com Reinaldo Azambuja, para entregar estudo de viabilidade econômica da ferrovia. (Foto: Chico Ribeiro/Divulgação)

“O risco de encerramento da ferrovia foi descartado, foi feito todo um estudo do governo estadual junto com a Rumo ALL que resultou num conjunto de compromissos. Nós vamos ter um projeto para reativação da malha oeste da ferrovia", informou o secretário da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Elias Verruck, durante reunião que entregou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o primeiro estudo de viabilidade econômica da malha oeste em Mato Grosso do Sul.

Verruck afirmou que Mato Grosso do Sul tem volume de carga suficiente para viabilizar a malha ferroviária. "Agora temos que sentar com o setor produtivo e mostrar que com a tarifa do setor, é possível transportar pela ferrovia”, pontuou.

O aporte financeiro necessário para que o plano seja colocado em prática, segundo o estudo, seja na ordem de R$ 1,9 bilhão. A elaboração do material apresentado na reunião, contou com o respaldo do ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain), empresa especializada em estudos logísticos, cujos técnicos analisaram a demanda do potencial de transporte ferroviário da região, avaliando a produção e o consumo no Estado.

Foram convidados membros da bancada federal e deputados estaduais para a reunião realizada hoje (14) e o estudo integra o "Pacto pelo Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul".

Azambuja alegou que o governo entende que a ferrovia é vital para o Estado. "Agora vamos formatar as premissas apresentadas e discutidas aqui, junto com a bancada federal, para serem validadas pelo Governo Federal, para garantir que os investimentos aconteçam”, avaliou.

O governador destacou ainda a participação da bancada federal no processo de aprovação de algumas demandas apresentadas pela empresa concessionária da ferrovia para que o plano de desenvolvimento apresentado seja plenamente executado.

Investimento – Conforme o responsável pelas Relações Institucionais da Rumo ALL, Daniel Rossi, existe um primeiro salto de volume com nível de investimento e serviço adequado para demanda. "Mas ainda precisamos de pontos importantes que dependem de ações em conjunto do grupo, do Governo Federal, da agência reguladora, do BNDES e do Governo do Estado para garantir a viabilidade da ferrovia. Com a união de todas as forças vamos atingir esse objetivo”, analisou.

O estudo reuniu especialistas em logística e representantes do governo estadual, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), da Rumo ALL, da Ferroviária Oriental da Bolívia, da Ferrovia Tereza Cristina e da Transfesa.

Estudo - A grande oportunidade para a Malha Oeste, está no setor de papel e celulose. Além do volume já transportado atualmente pela ferrovia, a viabilidade passa pela expansão da produção na região de Três Lagoas e pelo novo projeto em Ribas do Rio Pardo.

Hoje, a Malha Oeste transporta cerca de 6 milhões de toneladas por ano. Considerando uma tarifa competitiva, é necessário que o volume atinja 14,5 milhões de toneladas anuais para sustentar a viabilidade da ferrovia na região, conforme o estudo.

Outro desafio pontuado, está no crescimento expressivo do transporte de combustíveis no Mato Grosso do Sul por ferrovia, saltando de 5% transportado em 2014 para 75% da participação do mercado. O estudo ainda contempla o aumento da captação da carga geral produzida e consumida no Estado, além da manutenção das cargas atuais, como o minério da região de Corumbá.

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