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Economia

Febre da "geleca" caseira faz produtos sumirem das prateleiras

Está cada vez mais difícil encontrar bastões de colas pelo comercio de Campo Grande

Liniker Ribeiro | 24/07/2018 14:50
Prateleira vazia onde cola transparente era para estar exposta (Foto Fernando Antunes)
Prateleira vazia onde cola transparente era para estar exposta (Foto Fernando Antunes)
Frascos maiores de cola branca pelo qual crianças optam em comprar (Foto Fernando Antunes)
Frascos maiores de cola branca pelo qual crianças optam em comprar (Foto Fernando Antunes)

Quem pensa que a criançada anda aproveitando o período de férias de inverno para navegar na internet ou passar horas em frente da televisão, está bem enganado. O movimento no comércio e a procura por colas brancas ou transparentes cresceu nas últimas semanas, tudo porque crianças e adolescentes estão metendo a mão na massa e produzindo o seu próprio brinquedo, uma geleia viscosa batizada de “slime”.

Pelo Centro de Campo Grande o aumento na busca por cola pode ser facilmente identificado pela falta de frascos do produto, o principal usado na confecção do brinquedo. Na Rua Dom Aquino, por exemplo, a prateleira onde um tipo de cola deveria estar exposto, está vazia. 

“Está todo mundo procurando por cola, principalmente a transparente, mas eu acho que ela está em falta no país. Já pedimos duas vezes e só da primeira que recebemos o pedido feito por último ainda não chegou e não tem nem previsão", revelou Felipe Daniel Fernandes, gerente da livraria Shop Tudo.

Felipe, gerente de livraria no Centro da Capital (Foto Fernando Antunes)
Felipe, gerente de livraria no Centro da Capital (Foto Fernando Antunes)

A reportagem, Felipe explicou que a turminha tem procurado bastante pela cola transparente porque seria o produto mais indicado para a produção do brinquedo. Ao menos 50 caixas foram encomendadas no último pedido, contendo aproximadamente 12 frascos em cada, mas não duraram uma semana em estoque. Mesmo assim, na falta do produto certo, o gerente garante que os consumidores mirins optam em substituir com a cola branca.

Em outra livraria da cidade, a Livromat, o estoque também vem sendo reforçado, nos últimos dias. "Tá grande a procura e,até o momento, estamos conseguindo manter nosso estoque, mas isso porque acaba e a gente faz novos pedidos", revelou Thaynara Martins, de 19 anos, auxiliar administrativo.

O mesmo tem acontecido na Papelaria Fradelli. De acordo com a gerente, Débora Colpani Dalligna, chegam a ser vendidos entre 10 e 12 litros de cola, por dia. Além da procura, o que mais chama atenção da funcionária é a criatividade da criançada. “O legal é que, além dos pais acompanharem, cada criança chega aqui com uma técnica diferente, a criatividade flui”, avalia ela.

Pai abraçando filha em loja de papelaria do Centro (Foto Fernando Antunes)
Pai abraçando filha em loja de papelaria do Centro (Foto Fernando Antunes)

Apoio dos pais - Como a brincadeira exige atenção e participação total das crianças, os pais apoiam. É o caso do empresário Gleison Martins, de 39 anos. Ao lado da filha, Nicoly Batista Martins, de 10 anos, virou rotina o pai andar pelo comércio da Capital em busca da matéria prima para o mais novo brinquedo da pequena.

“É uma febre! A gente vive atrás de cola e eu acho bom porque vivemos em um mundo digital e quanto mais ela ficar longe do celular, das tecnologias e usar a criatividade para brincar, será melhor”, avalia Gleison.

Para a pequena, que além de brincar, gosta de filmar e postar tudo em seu canal, no YouTube, o slime é um brinquedo e tanto. “Já fiz várias vezes e gosto muito. Um tubo desse de cola [de 1 litro], dura mais de um mês”, garante Nicoly.

Apesar de ser divertido , a orientação dos especialistas é de que os pequenos tomem cuidado com o tipo de material usado na confecção do slime.

Slime, feita em casa, virou febre entre as crianças. (Foto: Reprodução internet)
Slime, feita em casa, virou febre entre as crianças. (Foto: Reprodução internet)
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