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Economia

Fidelidade dos clientes é ponto forte de bairros, mas lojistas temem roubos

Caroline Maldonado | 23/12/2015 11:54
Odília Lucas, que tem loja na Vila Ipiranga, aposta em clientes que procuram presente na última hora (Foto: Fernando Antunes)
Odília Lucas, que tem loja na Vila Ipiranga, aposta em clientes que procuram presente na última hora (Foto: Fernando Antunes)

Concorrer com as promoções das lojas do Centro e dos shoppings não é fácil, mas o comércio de bairro aposta na fidelidade dos clientes e na necessidade de quem deixou a compra do presente de Natal para a última hora. Promoções e decoração também são estratégias para atrair o consumidor um dia antes do Natal, em especial as crianças. A única dificuldade está no medo de assaltos, que já são frequentes em qualquer época do ano, em muitos bairros.

No Bairro Pioneiros, a comerciante Dolores Chautz, 40 anos, vai manter a loja aberta até às 19h hoje (23). “O movimento não é muito forte, mas não podemos reclamar e vou aproveitar e atender até a noite. Não precisei fazer promoção, porque aqui a gente conquista o cliente durante o ano inteiro”, comenta a proprietária da loja de roupas e calçados na Rua Ana Luiza de Souza.

Por falta de tempo, a operadora de caixa Deidvani Arcanjo da Silva, 27 anos, foi uma das primeiras clientes nessa manhã. “Eu trabalho a tarde e não tenho condições de ir ao Centro. Além disso, tem muita propaganda, mas quando a gente chega lá encontra preços muitos altos”, disse. Em poucos minutos, a moça gastou R$ 48 em uma sandália para a filha de 7 anos.

Na fachada do estabelecimento, a vendedora colocou até um boneco de neve, feito de copo descartável. A criatividade faz diferença nas vendas, garante Dolores. “Eu olho na internet, copio uma coisa daqui e outra dali, porque a criançada gosta muito. Alguns tiram até foto ali na frente da vitrine”, conta.

Para a vendedora Odília Lucas da Silva, que tem loja de roupas na Vila Ipiranga, vale a pena abrir nesta quarta-feira (23) em função dos clientes que procuram um presente, mas não tiveram tempo de comprar antes. “A gente une o útil ao agradável. Tem gente que vem procurar algo para o amigo-oculto e outros que precisam de alguma coisa com urgência”, diz. Ela vai atender até 18h na lojinha, que tem também acessórios na Rua Nove de Julho, e abre no sábado, até às 13h.

Na Rua Spipe Calarge, funcionários de mercado têm medo de assaltos durante a noite (Foto: Fernando Antunes)
Na Rua Spipe Calarge, funcionários de mercado têm medo de assaltos durante a noite (Foto: Fernando Antunes)
Apesar da falta de segurança, proprietária de salão de beleza não reclama e vai atender até às 20h (Foto: Fernando Antunes)
Apesar da falta de segurança, proprietária de salão de beleza não reclama e vai atender até às 20h (Foto: Fernando Antunes)

O atendimento não vai além desse horário por conta da segurança, segundo a maioria dos lojistas. Na Rua Spipe Calarge, os comerciantes da Vila Carlota também querem aproveitar ao máximo o movimento antes do feriado, mas temem os assaltos. Hoje, o mercado Mão Fort abriu as 6h e atende até às 20h30.

“Está definido esse horário, mas talvez até feche mais cedo por causa dos roubos. Aqui já teve, pelo menos, dez assaltos. Nossa proteção é Deus, porque as câmeras não intimidam os ladrões”, conta a operadora de caixa, Rosimari Oliveira.

Na mesma rua, o salão de beleza vai fechar às 20h. Apesar da falta de segurança, a proprietária não reclama. “O movimento é 50% maior hoje. Tem muita gente marcada e, com certeza, vai ter os clientes de última hora. Vem um e traz mais um que está de viagem em Campo Grande e assim vai. As pessoas não abrem mão da beleza, podem até deixar uma maquiagem para fazer em casa, mas corte e pé e mão todo mundo quer fazer”, comenta a dona do salão, Nice Pereira da Vera, 27 anos.

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