ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, TERÇA  14    CAMPO GRANDE 18º

Economia

Governo cria grupo para avançar em concessão do porto de Murtinho

Foram formados grupos técnicos para projetos do porto e de pequenos aeroportos

Por Maristela Brunetto | 06/11/2023 09:54
Com dados de viabilidade, governo aposta no repasse de porto para o setor privado (Foto: Arquivo)
Com dados de viabilidade, governo aposta no repasse de porto para o setor privado (Foto: Arquivo)

O Governo do Estado, através do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas), criou grupos de trabalho para acompanhar dois projetos que devem ser repassados ao setor privado: o porto de Porto Murtinho e pequenos aeroportos no interior, que são classificados como aeródromos.

O grupo técnico com seis servidores destacados para atuar nos estudos sobre o Porto de Murtinho vai encontrar um projeto de concessão mais avançado, com sondagem feita ao mercado e dados de viabilidade. É um porto que no começo dos anos 2000 foi repassado a um consórcio e depois retomado, no início de 2022. A empresa que detinha o contrato até 2029, Agência Portuária de Porto Murtinho, chegou até a ingressar na Justiça contra a declaração da caducidade do contrato, mas não obteve sucesso.

Em março, foi aberto um processo de sondagem com interessados na exploração e em maio ocorreram reuniões. Desses encontros, saiu um relatório apontando aspectos referentes à navegação na Hidrovia Paraguai-Paraná e as condições para a retomada da exploração, informação não oficial do Executivo.

Constou a possibilidade potencial de transporte de 600 mil a 1 milhão de toneladas de grãos, uso para transporte de etanol, possibilidade de uso da estrutura para receber importados.

O porto tem acesso a Nova Palmira, no Uruguai, e Rosário na Argentina. A hidrovia já é usada pelas empresas de mineração da morraria na região de Corumbá, que destinam o minério de ferro e manganês até o Uruguai, para posterior embarque aos mercados compradores, como a China. Há ainda outra empresa que atua na mesma região do porto que o governo pretende privatizar e que foi bastante utilizada para escoamento da safra de soja este ano.

Pelo relatório divulgado, o porto necessitará investimentos entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, podendo chegar a R$ 15 milhões para o caso de expansão da capacidade de transporte. O estudo informa, ainda, que o custo médio do transporte hidroviário é de R$ US$5,00 a 7,00/ton.

Um ponto que pode prejudicar a atividade é a ocorrência de estiagem prolongada que reduza o volume de água no leito do Rio Paraguai, como acontece nessa época do ano e prejudica o transporte por parte das mineradoras. Pelo texto publicado pelo Governo nesta segunda-feira, o repasse ao setor privado inclui “instalação, adequação de capacidade, reabilitação, operação, manutenção e conservação” do porto.

Aeródromos – Já os aeródromos, o grupo vai atuar em estudos de pré-viabilidade. Foi contratada no mês passado a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. – Infra S/A, que tem a participação da União, para fazer estudos sobre o repasse de estruturas em 20 cidades, ao custo de R$ 1,69 milhão.

Foi fixado prazo de seis meses para a entrega desse levantamento. Recentemente, o governo divulgou um plano aeroviário envolvendo R$ 250 milhões para desenvolver a infraestrutura aeroportuária de todas as regiões de Mato Grosso do Sul, incluindo pista no Pantanal da Nhecolândia para ajudar no combate a incêndios, reforma de estrutura do aeroporto Santa Maria, na Capital, cuja pista é do governo, unidade em Inocência, que vai receber uma fábrica de celulose da Arauco.

Nos siga no Google Notícias