Governo cria grupo para valorizar produtos por origem geográfica
Linguiça de Maracaju e sobá são exemplos; ideia é apoiar iniciativas regionais

RESUMO
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O governo de Mato Grosso do Sul criou o Fórum Origens, iniciativa da Semadesc que reúne 14 entidades para valorizar produtos regionais característicos do estado. O projeto visa fortalecer a identidade territorial, cultural e ambiental de itens como a linguiça de Maracaju e o mel do Pantanal. A ação busca articular poder público, setor produtivo e instituições de ensino para impulsionar empreendedores locais. Entre os produtos tradicionais do estado destacam-se também queijos de Bonito e Chapadão do Sul, o queijo Nicola do Pantanal e o sobá de Campo Grande, prato típico da imigração japonesa.
A Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) criou o Fórum Origens, um grupo para identificar e ajudar a valorizar produtos regionais que merecem ser destacados, como é o caso da linguiça de Maracaju, um dos principais reconhecidos no Estado. A iniciativa terá participação de 14 entidades, incluindo poder público, universidades e entidades que apoiam iniciativas, como produtores de mel do Pantanal.
No texto que cria o movimento Origens MS, assinado pelo titular da Semadesc, Jaime Verruck, consta que há necessidade de articular o poder público com o setor produtivo e instituições ligadas ao ensino, pesquisa e inovação para favorecer empreendedores. A lógica é valorizar os produtos conforme “origem, da identidade territorial, cultural, ambiental e produtiva como estratégia para o fortalecimento das cadeias produtivas e o aumento da competitividade dos produtos e serviços sul-mato-grossenses.” Além da linguiça e do mel, há outros alimentos renomados produzidos no Estado, como queijos; alguns famosos são produzidos em Bonito e Chapadão do Sul, no Pantanal também há o queijo Nicola; além disso, há farinhas reconhecidas.
O grupo deve criar uma dinâmica de debate sobre o tema para a definição e acompanhamento de políticas públicas de “valorização das potencialidades regionais do Estado”. O debate sobre a valorização de produtos com identidade de origem não é novo. Em agosto deste ano, durante a feira Ruraltur MS, um dos eventos foi o 1º Fórum de Indicação Geográfica de Mato Grosso do Sul, que debateu como avançar no reconhecimento de produtos tradicionais. Uma das abordagens é que essa valorização contribui para fortalecer a identidade cultural e o empreendedorismo regional.
Existe o Selo de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual). No evento da Ruraltur, inclusive, discutiu-se a concessão do reconhecimento ao sobá, uma iguaria genuína de Campo Grande, trazida por imigrantes japoneses.


