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Economia

Intenção de consumo na Capital cai pelo 3º mês seguido, diz Fecomércio

ICF, medido pela Fecomércio, atingiu ainda a menor marca desde novembro do ano passado

Humberto Marques | 22/07/2019 15:15
Rua do Centro da Capital; intenção de consumo na Capital teve o terceiro recuo consecutivo, conforme indicador medido pela Fecomércio. (Foto: Arquivo)
Rua do Centro da Capital; intenção de consumo na Capital teve o terceiro recuo consecutivo, conforme indicador medido pela Fecomércio. (Foto: Arquivo)

Pelo terceiro mês consecutivo, a intenção de consumo entre os campo-grandenses registrou queda, conforme apontou estudo da Fecomércio-MS (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul). O índice médio de consumo das famílias, que atingiu 102,9 pontos em abril, chegou a 97,8 pontos em julho –depois de cravar 100,7 em maio e 99,1 em junho.

Os números são do ICF (Índice de Consumo das Famílias), medido pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), atingindo ainda o menor índice desde novembro do ano passado, quando chegou a 96,2 pontos. O indicador é formado a partir de sete variáveis principais, dentre as quais quatro registraram recuo no quadro geral.

Série história do ICF, com dado geral e de consumo entre famílias com renda até 10 salários mínimos e acima desse valor. (Imagem: Reprodução)
Série história do ICF, com dado geral e de consumo entre famílias com renda até 10 salários mínimos e acima desse valor. (Imagem: Reprodução)

O ICF de julho recuou em relação à perspectiva profissional (-0,7 pontos, com aumento do número de pessoas que não creem em melhora profissional nos próximos seis meses, embora 62,7% dos entrevistados mantenham perspectivas positivas); renda atual (-4,3, com mais pessoas enxergando renda igual –54,6%– ou pior que a do ano passado), nível de consumo atual (-5,2, aumentando o número de pessoas que estão comprando o mesmo ou menos que em 2018) e momento para duráveis (-2,8, onde cresceu o total de consumidores que considera ser um mau momento para compra de bens duráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos).

Copo cheio – Por outro lado, entre os entrevistados, houve melhora na percepção do emprego atual (0,2, melhora na sensação de segurança no emprego na comparação com o mesmo período de 2018), 37,8% dizendo-se mais seguros em relação ao emprego, contra 14,7% que estão menos seguros e 23,5% que veem situação similar à do ano passado –e igual número de pessoas que se disseram desempregadas.

Trabalhadores se disseram mais seguros em relação ao emprego em pesquisa. (Imagem: Reprodução)
Trabalhadores se disseram mais seguros em relação ao emprego em pesquisa. (Imagem: Reprodução)

Os dois primeiros índices são semelhantes em relação às pessoas com ganhos de até 10 salários mínimos e renda superior a este nível (onde o desemprego é menor).

Também houve uma percepção mais positiva quanto à compra a prazo (0,8, havendo melhora na percepção de que é possível conseguir crédito no mercado) e perspectiva de consumo (1,4, onde mais famílias esperam melhora na possibilidade de compra futura).

Economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisas da Fecomércio-MS), Daniela Dias considera que, apesar de as famílias da Capital alegaram um consumo menor, “a perspectiva é positiva para os próximos meses e isso é um dado animador. O índice positivo relacionado à situação atual do emprego também é importante, pois demonstra que o consumidor está mais seguro e pode voltar a comprar, mesmo que de forma parcelada”.

Maioria disse estar comprando menos ou o mesmo que em 2018. (Imagem: Reprodução)
Maioria disse estar comprando menos ou o mesmo que em 2018. (Imagem: Reprodução)

O ICF se vale de índices que vão até 200 pontos, medindo o grau de satisfação e insatisfação dos consumidores em aspectos que influenciam diretamente o orçamento doméstico e o nível de consumo. O índice 100 aponta a “fronteira” entre os dois campos de análise.

A pesquisa foi realizada nos últimos dez dias de junho, atingindo 500 famílias. A margem de confiança dos dados é de 95%.

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