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Economia

Medidas para habitação serão divulgadas até o carnaval

Redação | 16/01/2009 11:40

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem que o governo federal deve anunciar e divulgar, até o carnaval, uma série de balanços e medidas que darão novo fôlego à economia nacional para atravessar o momento de crise. Dentre as principais ações programadas, está o anúncio de um novo pacote de estímulo para o setor de habitação.

"Até o carnaval, o governo vai apresentar sua programação orçamentária, que mostrará metas de receitas e gastos; vamos apresentar o balanço anual do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], com projeção dos investimentos; temos a anúncio das projeções de investimento da Petrobras; e o anúncio das medidas para a habitação", enumerou, em entrevista concedida à Agência Brasil, em São Paulo.

Segundo Barbosa, o foco do pacote para a habitação que está sendo preparado pelo governo será a população de média e baixa renda. "Serão várias medidas para estimular a construção residencial, principalmente de classe média e baixa da população."

Quanto às possíveis medidas de combate ao desemprego, Barbosa disse que o Ministério da Fazenda ainda não discute esse assunto. "Vamos esperar o número oficial do emprego de dezembro e aí vamos nos pronunciar", afirmou.

Barbosa disse ainda, durante palestra realizada no Programa Avançado Latino-Americano para o Repensamento do Macro-desenvolvimento Econômico (Laporde, na sigla em inglês), que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) pode definir um corte da taxa básica de juros - o que também seria benéfico para economia.

"Teremos um corte da Selic ao longo de 2009. O tempo correto para isso vai depender do Banco Central", afirmou ele. "Devemos ter uma Selic de um dígito no final deste ano ou mais tardar no começo do ano que vem."

De acordo com o secretário, a inflação cedeu nos últimos meses e já não há motivos para que a Selic permaneça em 13,75% ao ano. Ele afirmou que o governo continua preocupado com uma possível alta de preços, porém já existem previsões de que o índice de inflação feche o ano de 2009 abaixo do centro da meta do governo, que é de 4,5% ao ano.

Barbosa explicou que o "choque inflacionário" pelo qual o país passou em 2008 foi causado pela alta de preços das commodities, como petróleo, minérios, soja, etc. Os preços desses produtos, entretanto, já cairão, e isso deve ter reflexos na inflação deste ano.

"Se o preço do petróleo se manter ao nível atual, podemos ter uma redução no preço da gasolina ainda em 2009", disse ele, apontando um dos produtos que têm seu preço diretamente influenciado pelo mercado mundial de commodities.

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