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Economia

Ministério confirma presença de nova praga da soja em dois municípios

Helton Verão | 04/12/2013 17:17
Soja é a principal commodity de MS (foto: arquivo)
Soja é a principal commodity de MS (foto: arquivo)

O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou a presença da lagarta Helicoverpa Armigera, em Mato Grosso do Sul. São Gabriel do Oeste e Naviraí tiveram os focos confirmados após envio de amostras da praga. Elas foram coletadas pela Fundação MS e enviadas pela Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal a um laboratório de Porto Alegre. O município de Chapadão do Sul também tem suspeita da proliferação da lagarta.

Ainda considerada nova no cenário brasileiro, a Helicoverpa possui grande potencial de dano e alta capacidade reprodutiva. Ela se alimenta de diversas culturas, como soja, milho, algodão, entre outras. Para que o controle da praga seja eficiente, é primordial saber diferenciar as espécies. A lagarta da espiga do milho (Helicoverpa zea), a lagarta da maçã (Heliothis virescens) e a Helicoverpa Armigera são bastante parecidas, mas são espécies diferentes. Outras amostras ainda estão em análise e os resultados devem sair dentro de 15 dias.

Segundo o pesquisador de fitossanidade da Fundação MS, José Fernando Jurca Grigolli, apesar de os estudos apontarem três municípios, a expectativa é de que a praga esteja em todo o Estado, distribuída em diversos cultivos. “A situação é preocupante pela alta capacidade da praga causar danos econômicos em várias culturas. Entretanto, os produtores estão monitorando adequadamente suas lavouras e entrando com as estratégias quando as lagartas estão pequenas, o que facilita o controle da praga”, explica o pesquisador.

Porém, Grigolli informa que não há motivo para pânico por parte dos agricultores. “A situação está sob controle e os produtores devem manter as ações que vêm sendo realizadas, como o monitoramento constante da lavoura”, enfatiza.

O pesquisador ressalta também que os produtores devem evitar as aplicações em calendário, pois isso pode gerar uma série de impactos negativos no plantio, além do custo com inseticidas.

A Seprotur (Secretaria do Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo) aguarda para amanhã (5) a publicação do decreto de emergência fitossanitária em Mato Grosso do Sul. O pedido ao Ministério da Agricultura foi feito na última sexta-feira, após a confirmação da lagarta Helicoverpa Armigera em três municípios: Naviraí, São Gabriel do Oeste e Chapadão do Sul.

Para o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária), Eduardo Riedel, ainda é cedo para mensurar o impacto da nova praga. “Temos que observar a evolução”.

Por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou que o pedido de emergência foi feito apenas por email, mas precisava ser protocolado. O documento passa pela análise da área jurídica antes do órgão ministerial decretar emergência.

O Mapa já decretou emergência fitossanitária na Bahia, Mato Grosso, Goiás e parte de Minas Gerais. Dentre as medidas de combate, estão o vazio sanitário, adoção de áreas de refúgio e a destruição de restos da cultura.

A importação de produtos agrotóxicos, que tenham como ingrediente ativo a substância Benzoato de Emamectina, também está autorizada. As propriedades que utilizarem a substância serão acompanhadas por fiscalização.

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