ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 29º

Economia

Nomeado conselho que vai dizer se governo deve ou não vender MSGás

Òrgão aguarda resultado de estudo realizado por consultoria contratada pelo BNDES

Marta Ferreira | 19/09/2019 17:22
Conselho é de "alto nível", afirma diretor-presidente da MS-Gás, Rudel Espíndola Trindade Junior.
Conselho é de "alto nível", afirma diretor-presidente da MS-Gás, Rudel Espíndola Trindade Junior.

O governo de Mato Grosso do Sul deu, nesta quinta-feira (19), passo importante no processo para definir se a MSGás vai ser privatizada. Foi nomeado o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, subordinado diretamente ao Governador, a quem ficará responsável analisar e recomendar, ou não, a venda da companhia, criada no começo da década de 2000 para distribuir o gás vindo da Bolívia.

Conforme o decreto publicado no Diário Oficial, o conselho é formado por sete integrantes do alto escalão do governo do Estado, a maioria secretários de Estado, e ainda dois deputados estaduais. O organismo é previsto em lei desde 1996, no governo Wilson Barbosa Martins (PMDB), quando foi criado um programa estadual de desestatização, cujo negócio mais representativo foi a venda da Enersul, em 1997.

Não envolve Sanesul e rodovia - Sob a responsabilidade desse conselho, está a avaliação de vendas de empresas no modelo tradicional. Outras negociação em estudo pelo governo, da Sanesul e da rodovia MS-306 estão a cargo de outro órgão, pois a forma escolhida foi a parceria-público privada.

Integrante do conselho, a secretária especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, informou ao Campo Grande News que o conselho, agora, espera os resultados de consultoria contratada pelo BNDES, em 2017, para subsidiar o processo de uma eventual desestatização da MSGás. A previsão é que essa radiografia seja entregue ainda este mês.

Para o diretor-presidente da MSGas, Rudel Espíndola Trindade Junior, o conselho formado é de “alto nível” e vai permitir ao governador, de quem é a última palavra, decidir o melhor para o futuro da empresa e do Estado. Rudel explica que uma das respostas mais importantes esperadas com radiografia da consultoria a cargo do BNDES é sobre o valor de mercado da MSGás.

Criada há 21 anos, a empresa tem 75 funcionários e uma clientela de 10 mil empresas e condomínios residenciais. O governo é controlador da MSGás, em sociedade com a Gaspetro, subsidiária da Petrobras, dona de 49% das ações. A empresa federal, por sua vez, também está em processo de venda. Hoje, 49% de suas ações já são da Mitsui.

Nos siga no Google Notícias