Para manter tradição, consumidor gasta até R$ 40 no quilo de fruta
A procura por produtos que compõem a ceia de Réveillon é grande em estabelecimentos comerciais de Campo Grande na tarde de quinta-feira (31), poucas horas antes da virada de ano. Com uma ceia mais leve do que a do Natal, os itens mais vendidos são aqueles que trazem algum simbolismo, e consumidores não economizam nessa hora, chegando a gastar até R$ 40 no quilo de uma única fruta na esperança de atrair prosperidade para o próximo ano.
Entre os itens mais procurados estão as frutas. A romã, por exemplo, que simboliza o nascimento e a abundância, chega a custar R$ 43,85 o quilo no Ki Fruta. É o produto mais procurado, tanto que ontem foram vendidas cinco caixas da fruta e hoje mais cinco caixas foram encomendadas, conforme informou Elaine Cristina Menezes, gerente da loja.
Mas, além da romã, as uvas que são conhecidas por trazer sorte e a lentilha, reza a tradição, deve ser a primeira coisa a ser consumida na ceia, logo após a meia-noite. As castanhas, aves, bebidas e verduras também estão no topo dos produtos mais procurados nos supermercados, mesmo com um preço mais salgado.
Consumidores dizem que já esperavam o preço alto. Mesmo assim, não abrem mão garantir os alimentos que, para a ceia, que segundo eles, são mais leves e mais simbólicos. De acordo com a comerciante Nilva Tsuha, 46 anos, os preços não são atrativos, mas ela não deixa de comprar alguns itens.
"Estou levando mais frutas, já que a ceia do Ano Novo é mais leve que a do Natal", diz ela que complementa ainda que é supersticiosa e não deixa de comprar produtos cheios de simbolismo para a virada. "Levo uva, lentilha e outras frutas, temos que apelar para tudo no fim de ano".
A professora Marlene Matias, também reclamou dos preços, mas não deixou de comprar as frutas. "Estou levando uvas, nectarina, pêssegos, abacaxi e principalmente romã, pois acredito que alguns alimentos possam trazer coisas boas".
Expectativa - Ao todo, as vendas caíram 20% se comparado no mesmo período do ano passado, porém Elaine não considera as vendas ruins, se for levado em consideração o atual cenário econômico em que o país está passando.
"Tivemos que aumentar o estoque dos produtos e a procura está sendo grande". Ela contou ao Campo Grande News que a procura é mais por frutas, aves, bebidas, castanhas e lentilhas.