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Economia

Preço de remédios subiu menos que em 2016, diz Conselho de Farmácia

Reajustes variam de 1,36% a 4,76% e resolução foi publicada no Diário Oficial da União

Elci Holsback | 31/03/2017 11:05
Reajuste entra em vigor hoje (Foto: André Bittar)
Reajuste entra em vigor hoje (Foto: André Bittar)

A partir desta sexta-feira (31) o consumidor vai pagar a mais pelos medicamentos, de acordo com tabela de reajuste anual, publicada no Diário Oficial da União.

O reajuste, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos do Governo Federal, classifica os medicamentos em três categorias: a categoria 1, que inclui medicamentos de uso prolongado, como aqueles para tratamento de úlcera e gastrite e antibióticos destinados ao combate de infecções urinárias terão reajuste de 4,76%. Alguns medicamentos líquidos, como xaropes também estão inclusos na categoria.

Com reajuste de 3,06% os remédios de nível 2 incluem anestésicos de aplicação local e alguns controlados, como antipsicóticos.

Já os medicamentos com menor reajuste são os de nível 3. O aumento será de 1,36% e envolve drogas que exigem receita A (azul, exclusiva para medicamentos controlados), onde a compra seja possível apenas dentro de 30 dias, a contar o prazo da prescrição médica.

De acordo com a presidente do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia), Kelle Slavec, o reajuste de 2017 ficou abaixo do aplicado em 2016, quando a porcentagem ficou entre 5% e 7%. Um dos fatores que podem determinar a média desse reajuste é o desempenho da indústria farmacêutica nos últimos 12 meses.

"O reajuste é medido pelo IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo) mas a alta do dólar e o panorama das indústrias de medicamento influenciam. Nesse último ano, as fábricas produziram menos, devido mercado menos aquecido, o que afetou diretamente no índice", avalia a presidente do CRF-MS.

Kelle esclarece ainda que o reajuste maior, aplicado nos medicamentos nível 1, atinge aos remédios de acesso mais fácil, já que, com exceção dos antibióticos, os demais em geral não precisam de receita.

"Estão incluídos remédios como Omeprazol, para gastrite e úlcera e até alguns anti-térmicos. Já os de nível 2 tem a xilocaína, que é anestésico e os de nível 3 incluem ainda medicamentos para tratamentos anti-retrovirais, como o HIV", destaca.

Segundo a publicação do DOU, as empresas produtoras deverão dar ampla publicidade aos preços de seus medicamentos, através de  publicações especializadas de grande circulação, não podendo ser superior aos preços publicados.

Está previsto ainda que as unidades de comércio varejista deverão manter à disposição dos consumidores e dos órgãos de defesa do consumidor as listas dos preços de medicamentos atualizadas, calculados nos termos da resolução. 

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