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Economia

Quase metade dos turistas de MS estão dispostos a gastar em média R$ 1 mil

Pesquisa mostra comportamento de consumo dos visitantes que chegam ao Estado

Rosana Siqueira | 14/11/2019 16:26
Estudo feito em parceria do Sebrae e IPF/MS foi apresentado hoje em evento na Capital
Estudo feito em parceria do Sebrae e IPF/MS foi apresentado hoje em evento na Capital

Mais de R$ 1 mil. Este é o valor que quase metade dos turistas que visitam Mato Grosso do Sul estão dispostos a gastar nos passeios. Os números fazer parte da pesquisa Turismo no MS: Comportamento de consumo do turista, divulgada hoje em Campo Grande. O levantamento foi elaborado pelo Sebrae/MS e pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS (IPF/MS).

De acordo com o estudo, a parcela de turistas que pode gastar mais de R$ 1 mil corresponde a 47,64% dos entrevistados. O número é seguido por 19,81%, que estava disposto a desembolsar entre R$ 501 a R$1 mil; 14,15%, que iria gastar entre R$ 201 a R$ 500 em atrativos turísticos e 9,43% dos respondentes gastariam até R$100.

Segundo a coordenadora de Turismo do Sebrae/MS, Isabella Fernandes, o número é positivo. “Quando a gente fala que cada turista vem para cá disposto a gastar R$ 1 mil é porque o estado consegue entregar uma experiencia única. Mato Grosso do Sul tem hoje uma condição favorável no cenário turístico nacional, com destinos consolidados, mas o estudo mostra que é possível desenvolver mais”.

A pesquisa foi realizada nas três principais regiões com atrativos e estrutura turística do estado: Campo Grande, Bonito e Pantanal. Em Mato Grosso do Sul, o estudo aponta que os destaques são o turismo de lazer, com ecoturismo e pesca, e turismo de eventos e negócios.
Para a analista técnica do Sebrae/MS e economista, Vanessa Schmidt, o estudo mostra possibilidades para o setor no estado, que hoje já emprega mais de 29 mil pessoas conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho.

“Tanto o turismo de Bonito quanto Corumbá tem atrações mais estruturadas e que permitem que o turista tenha uma faixa maior de gastos. Já em Campo Grande é diferente, a maioria dos turistas tendem a permanecer pouco tempo na cidade e são do próprio estado, que vem em busca de serviços de saúde, a trabalho, ou eventos locais”, explica a analista.

Nas regiões, o turista busca por experiências e muitos conhecem o destino após indicações de amigos e familiares. “A indicação boca a boca é a que mais pesa. As pessoas com experiências marcantes citam os atrativos turísticos e a cultura regional, assim, acreditamos que a parte histórica do estado pode ser explorada. Outro ponto que percebemos é uma tendência de viagens nos feriados, ou em períodos mais curtos”, analisa a economista da Fecomércio/MS, Daniela Dias.
Empresas

O último levantamento da RAIS do Ministério do Trabalho aponta que mais de 4.600 empresas atuam no Turismo em Mato Grosso do Sul. Para entender os principais desafios e estratégias dos empresários, a pesquisa analisou também o comportamento e as expectativas de quem empreende no setor.

Na Capital, as estratégias mais utilizadas para permanecer no mercado são parcerias com outros empresários e redução de custos de operação da empresa, como redução das diárias, uso de energia fotovoltaica, entre outros.

Já em Bonito, considerado o principal destino dos turistas, os empreendimentos apostam no diferencial do atendimento e na utilização do voucher para a organização entre os segmentos. Por fim, em Corumbá, o foco fica no turismo de pesca e de fronteira com a Bolívia.

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