Servidores vão pedir a prefeito reajuste 6 vezes maior que a inflação
Índice de 30% para servidores do nível fundamental e médio é o mesmo do ano passado
Os servidores de Campo Grande pedem um reajuste linear de 30% nos salários para este ano, índice que corresponde seis vezes a inflação acumulada nos últimos 12 meses.
A decisão foi tomada em uma assembleia ontem à noite no Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores de Campo Grande) e é valida para os funcionários com ensino fundamental e médio. Anteriormente, a categoria defendia um aumento acima de 9%, correção do salário mínimo.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da universidade Anhanguera/Uniderp, a inflação no ano passado na cidade foi de 5,78%.
Segundo o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, o índice pedido este ano é o mesmo que foi enviado para a Prefeitura de Campo Grande em 2012. O aumento concedido, no ano passado, pelo então prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), foi de 14,3%, que eles esperam ser superado pelo prefeito Alcides Bernal (PP)
“Para o Bernal humanizar e valorizar o serviço público ele tem de dar acima de 14,3%”, disse.
A reunião de ontem também definiu o pedido de cartão alimentação no valor de R$ 200; adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade; 100% de aumento no Profuncionário; 100% de aumento na produtividade dos agentes comunitários de saúde; 14º salário para os agentes comunitários de recursos vindos do Ministério da Saúde.
Ficou decidido também o pedido de correção no valor dos plantões dos técnicos de enfermagem de 75% sobre o salário dos enfermeiros; 60% da produtividade para os trabalhadores da área de Saúde.
Os servidores confirmaram o pedido de jornada de seis horas diárias; plano de cargos e carreiras e antecipação da data base do mês de março para o mês de maio.
Nesta sexta-feira (15) será realizada outra assembleia, para definir o pedido de aumento dos servidores com ensino superior. A reunião será às 19h na sede do sindicato, na rua Otaviano de Souza, 58, bairro Monte Líbano.
Professores – Na semana passada, a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) protocolou pedido para que o piso da categoria seja de R$ 1.567 por 20 horas semanais.
O prefeito Alcides Bernal acionou o MPE (Ministério Público Estadual) para rever o reajuste de 22% concedido por Nelson Trad Filho (PMDB). No entanto, Bernal voltou atrás e desistiu de suspender o aumento.