Em escola pública, ministro conversa com professores que pedem equiparação

Em visita à Escola Estadual Lúcia Martins Coelho, na manhã desta quarta-feira (1º), o ministro da Educação, Camilo Santana, conversou com professores sobre as demandas da categoria e a implementação da CNDB (Carteira Nacional Docente do Brasil), que começa a valer no dia 15 deste mês.

No colégio, o ministro foi recebido pela direção da escola, visitou o laboratório de informática e robótica, as salas de aula e buscou entender como funciona a REE (Rede Estadual de Ensino). Ele elogiou Mato Grosso do Sul por estar entre os estados que melhor remuneram os professores.

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Na sala dos docentes, Santana ouviu reivindicações, como a valorização da educação artística, com incentivos para professores especializados; a equiparação salarial entre concursados e contratados; a realização de novos concursos; e a reformulação do plano de carreira. Ele ainda recebeu avaliação positiva sobre a proibição do uso de celulares em sala de aula.

“Eu sempre defendi, como ministro, a importância do regime de colaboração entre União, estados e municípios. Temos uma grande parceria com o Estado na alfabetização de crianças e na escola de tempo integral e também com o Pé-de-Meia, que beneficia aqui 45 mil jovens do ensino médio”, disse Camilo Santana.

Ele ressaltou a importância de ir pessoalmente às escolas e universidades. “Saber como está a restrição ao uso de celular nas escolas, como estão os alunos do Pé-de-Meia, como é que está o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), se as pessoas estão enxergando a possibilidade de ingressar na universidade. Esse é um estilo que eu tenho”, afirmou.

A cooperação com o governo estadual também foi destacada pelo governador Eduardo Riedel (PP), que reforçou a valorização salarial e os resultados obtidos na rede de ensino.

“É uma rede de escolas que vem formando professores de maneira permanente, capacitando como precisa ser, para poder fazer essa transformação. E os resultados apareceram: a melhoria do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), os indicadores que vêm crescendo a cada ano. Isso é fruto de um trabalho de longo prazo, consistente. Não é corrida de 100 metros, é uma maratona, e para isso é preciso dedicação, política pública e harmonia entre União, Estado e municípios”, disse Riedel.

Entre as novidades, o ministro destacou a implementação da CNDB, que funcionará como uma espécie de “carteira de estudante” para os professores. O documento já assegura em lei o direito à meia-entrada em eventos culturais e, a partir do programa “Mais Professores”, também dará acesso a benefícios, como descontos em empresas como iFood e Amazon. O MEC (Ministério da Educação) negocia ainda parcerias com setores, como o de hotelaria.

“O presidente sancionou a lei de criação da Carteira Nacional do Professor, que é uma identidade para o professor. Antes, ele precisava levar o contracheque impresso para provar que era professor e ter meia-entrada no cinema, por exemplo. O advogado tem uma carteira bonita, o médico tem, o engenheiro tem, o jornalista tem. Por que o professor não poderia ter uma identidade bonita?”, disse Camilo Santana.

A emissão da carteira começa em 15 de outubro, em comemoração ao Dia do Professor. Além do governador, acompanharam a visita: a vice-prefeita de Campo Grande, Camila Nascimento (Avante); o secretário estadual de Educação, Hélio Daher; o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt; e os deputados federais Vander Loubet (PT), Camila Jara (PT) e Geraldo Resende (PSDB).

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