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Educação e Tecnologia

Sem ganhar desconto, universitários boicotam aula on-line

Eles também reivindicam a elaboração de um calendário acadêmico para o período posterior a pandemia

Tainá Jara | 25/05/2020 17:18
Uniderp oferece as aulas de forma presencial desde o final de março (Foto: Arquivo/CGNews)
Uniderp oferece as aulas de forma presencial desde o final de março (Foto: Arquivo/CGNews)

Alunos do curso de Medicina da Uniderp começaram na tarde desta segunda-feira ato de boicote às aulas on-line oferecidas pela instituição durante o período de pandemia. O objetivo é pressionar a administração a oferecer desconto nas mensalidades, além de divulgar calendário acadêmico para o período de retorno das aulas presenciais.

Cerca de 70 alunos, do 2° semestre, já deixaram de participar das tutorias previstas para ocorrer na tarde de hoje, de forma remota. Conforme os acadêmicos, a universidade reduz custos de energia elétrica e manutenção dos prédios, por exemplo, durante o período de suspensão das aulas presenciais.

“O negócio deles é manter as aulas a qualquer custo para justificar a cobrança de mensalidade.        Mas o retorno não é o mesmo. Isto porque, matérias que antigamente viviam falando que só podia se ministradas de forma prática, agora estão sendo feitas on-line. Eles dizem que depois, quando der, vão repor de forma prática. Ou seja, justamente para garantir o recebimento das mensalidades”, relata um aluno que preferiu não se identificar.

Desde a suspensão das aulas presenciais, no final de março, diversos ofícios foram enviados à reitoria com pedidos para de redução dos valores cobrados. No entanto, as solicitações não foram atendidas nem mesmo com a criação de petições. Até o início de maio, o abaixo assinado somava 1.850 mil adesões.

Alunos bolsistas alegam que perderam emprego durante a pandemia e não tem condições de arcar com o preço original das mensalidades.

Mesmo diante das pressões, a universidade se recusou a conceder os descontos alegando que os professores estão trabalhando em jornada integral para que não haja qualquer prejuízo ao currículo e calendário escolar. Por isso, a instituição de ensino aponta que não houve qualquer redução de custos para a instituição.


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