A atuação do Conselho Tutelar em Campo Grande precisa de ajustes?
Após morte trágica, MP investiga possível omissão de conselheiros no acompanhamento da família
Nos últimos dias, uma sequência de casos complexos acende o sinal de alerta para possíveis falhas na rede de proteção infantil em Campo Grande. Uma juíza que acompanha processos na área alerta: negligência e vulnerabilidade elevam o risco de violência infantil — e isso exige olhar atento de todos os entes responsáveis.
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A atuação do Conselho Tutelar em Campo Grande está sob escrutínio após uma série de casos complexos envolvendo violência infantil. O destaque é a morte de uma menina de seis anos, vítima de estupro e assassinato, que levou o Ministério Público a investigar possível omissão no acompanhamento do caso. Em resposta à situação, a vereadora Luiza Ribeiro propôs uma audiência pública para investigar falhas na rede de proteção às crianças. Dados alarmantes mostram que 67,8% dos casos de violência contra crianças de zero a quatro anos acontecem no ambiente doméstico, evidenciando a necessidade de maior vigilância.
A realidade é ainda mais preocupante dentro de casa. Estudos apontam que 67,8% dos casos de violência contra crianças entre zero e quatro anos ocorrem no ambiente doméstico — justamente em ambientes onde deveriam estar mais protegidas.
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Após a trágica morte da menina de seis anos, vítima de estupro e assassinato, a conselheira tutelar defendeu que o episódio não havia sido reflexo de negligência. A família, segundo ela, vinha sendo acompanhada por programas de assistência social e de saúde e pelo próprio Conselho – e não havia relatos formais de violência sexual.
Ainda assim, o Ministério Público instaurou investigação para apurar se houve uma possível omissão no acompanhamento — e se essa falha teria relação com o desfecho trágico.
Reação política à vista: a vereadora Luiza Ribeiro propôs a realização de uma audiência pública para investigar falhas na rede de proteção às crianças. A expectativa é que conselheiros tutelares e representantes da saúde, da assistência social e da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) compareçam e prestem esclarecimentos.