Presentes de Natal estão pesando “muito” no orçamento, dizem 64% dos leitores
Comemorações de fim de ano em Mato Grosso do Sul devem movimentar cerca de R$ 824 milhões
Enquete do Campo Grande News sobre o impacto do preço dos presentes de Natal mostra que a maioria sente o peso no orçamento: 64% dos participantes afirmaram que os preços estão pesando “muito”, 23% disseram “um pouco”, enquanto apenas 6% sentem que quase nada mudou, e 8% afirmam que o custo não pesou.
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De acordo com dados da ICF (Intenção de Consumo das Famílias), calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e divulgada em dezembro de 2025, houve um leve aumento do índice geral, chegando a 105,5 pontos em relação ao mês anterior. Mas esse crescimento está concentrado principalmente entre famílias com renda superior a 10 salários mínimos, enquanto grande parte das famílias com renda menor manteve ou reduziu seus gastos. Os domicílios de menor renda mostraram maior cautela, com mais pessoas comprando menos ou mantendo o gasto estável em comparação ao ano anterior.
Esse cenário de consumo desigual se insere num quadro em que as festas e compras de fim de ano ainda movimentam a economia do Estado, embora com sinais de freio. Uma pesquisa de intenção de gastos mostra que as comemorações de fim de ano em Mato Grosso do Sul devem movimentar cerca de R$ 824 milhões em 2025, em um montante dividido entre presentes (R$ 226 milhões), festas (R$ 243 milhões) e outros gastos típicos da temporada. Apesar de significativo, esse valor representa uma queda de cerca de 38 % em relação ao ano anterior, sinalizando a prudência dos consumidores diante da incerteza econômica.
Os dados combinados apontam para um consumo natalino cada vez mais condicionado pela renda familiar. A pressão dos preços dos presentes, sentida fortemente por grande parte dos entrevistados, não aparece isolada: ela se mostra em menos gastos, escolhas mais cautelosas e em um gasto total menor projetado para as festas.
Além disso, a concentração do aumento do ICF entre famílias mais ricas sugere que quem já tem renda mais confortável é quem mantém ou eleva o consumo nesta época, enquanto famílias com renda menor tendem a restringir gastos ou até abrir mão de itens que tradicionalmente fazem parte da celebração natalina.



