Psicóloga espera desde 68 encontrar Roberto Carlos
Quando sua filha disse que Roberto Carlos viria a Campo Grande, Olga Cardoso imediatamente pensou em seu caderno de recordações : "Eu vou a esse show e vou dar um jeito para que esse caderno chegue às mãos dele".
Mesmo com todo comedimento que sempre a impediu de ser uma "macaca de auditório", desde os tempos que ia aos shows da Jovem Guarda, no Teatro Record, a psicóloga, de 59 anos, mãe de duas filhas e um filho, subiu no sofá para pegar a relíquia que guarda desde a infância, e que tem uma dedicatória escrita pelo relojoeiro Robertino Braga, o pai de Roberto Carlos.
A primeira estratégia, logo descartada, foi procurar um dos seguranças de Roberto Carlos e pedir para que ele entregasse o caderno. Uma das filhas avisou que poderia ser muito arriscado. "Mãe, vão acabar sumindo com esse caderno".
A mensagem - No 24 de março de 1968, ano em que Roberto Carlos se tornava o primeiro e único brasileiro a vencer o Festival de San Remo na Itália, e iniciava a transição para sua fase romântica, seu Robertino escreveu no caderno de Olga uma galante dedicatória sobre o amor, "uma coisa sagrada", que assinou "com todo o respeito, Robertino Braga".
Para que a mensagem chegue a Roberto Carlos, 40 anos depois, Olga teve a idéia de procurar os produtores do show. Pesquisou na internet, consultou conhecidos e finalmente conseguiu um contato. O caderno estará nas mãos de uma assessora do show, que acontece no dia 29 em Campo Grande. Aumentam as chances de que a mensagem chegue aos olhos do rei.
"Nunca imaginei que esse caderno, que eu guardo por tanto tempo, pudesse chegar até ele. Será uma conquista se ele ler e escrever algumas palavras. E acho que ele vai fazer isso, por ser uma pessoa emotiva como ele é", diz Olga.
A psicóloga porém, nem ao menos prôpos ao seu contato da organização do show a possibilidade de ela mesma entregar o caderno. "