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Interior

Rota do tráfico, fronteira é zona de conflito com 7 mortes em menos de 15 dias

Luana Rodrigues | 20/05/2015 11:11
Três paraguaios e um brasileiro foram executados a tiros, no dia 9 de maio, na MS-164 (Foto: Jornal da Nova)
Três paraguaios e um brasileiro foram executados a tiros, no dia 9 de maio, na MS-164 (Foto: Jornal da Nova)

Em menos de 15 dias, sete pessoas morreram na fronteira entre Brasil e Paraguai, nas cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, quatro brasileiros e três Paraguaios. As mortes ocorreram nos dias 9, 18, ontem(18) e hoje(20). A polícia não sabe se há ligação entre qualquer um dos homicídios, mas há suspeitas de que pelo menos cinco deles tenham sido por envolvimento com o crime organizado na fronteira. Conforme a polícia brasileira, restrições por causa da linha de fronteira e o possível envolvimento de algumas das vítimas com o tráfico de drogas, dificultam as investigações e elucidação dos crimes.

De acordo com o delegado do 1º DP de Ponta Porã Jarley Inácio, os casos estão sendo investigado, mas a falta de gerência no Paraguai, dificulta os trâmites. "Alguns provavelmente foram acertos de contas, mas não temos como comprovar porque muitas dos indícios, testemunhas estão no Paraguai e não temos um instrumento jurídico que possa nos ajudar nisso de maneira rápida", explicou.

Segundo o Inácio, outra questão barra as investigações, o possível envolvimento das vítimas com o tráfico internacional de drogas e outras facções criminosas. “Na fronteira, as coisas acontecem de maneira muito diferente das outras regiões do Brasil. As famílias dessas vítimas tem medo de dar qualquer informação por conta das represálias das organizações criminosas que se abrigam no Paraguai, mas ameaçam a eles no Brasil. A família até sabe do atrito, mas não quer relatar o que houve, quer paz”, reforçou.

O delegado ressaltou que nos crimes em que a vítima não tem nenhuma suspeita de envolvimento com facções, a investigação e até solução do crime ocorre de forma muita mais eficaz. “Em crimes que não envolvem tráfico ou facções, o índice de casos elucidados é de 80%, já nos que envolvem, esse número cai para 30%”, explica o delegado.

Arsenal paraguaio
Na segunda-feira(18), policiais paraguaios encontraram um arsenal formado por quatro fuzis automáticos de alto poder de destruição, três pistolas e vários carregadores em um barracão desativado, na periferia de Pedro Juan Caballero.

Coturnos, roupas e máscaras pretas, além de coletes à prova de bala, também foram encontrados no local, onde estavam também um Hyundai Tucson com placa do Rio Grande do Sul e uma caminhonete S10 sem placa.

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